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Estar presente no ambiente de trabalho ou se mostrar visível não significa que o funcionário está produzindo como deveria.

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Com o aumento do número de empresas adotando sistemas de trabalho mistos, que englobam ações dentro e fora de escritórios físicos, há uma maior preocupação com as questões sobre a produtividade dos trabalhadores. Afinal, por muito tempo as empresas valorizaram a presença física da pessoa. A flexibilização dos horários e dos espaços mudou essa perspectiva, valorizando ainda mais as entregas em relação ao tempo de trabalho.

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Isso, porém, ainda esbarra em uma questão muito presente nas empresas: o presenteísmo. Ele é caracterizado pela presença do funcionário durante a jornada de trabalho, mas sem o foco para realização das tarefas demandadas. Uma pesquisa realizada no Reino Unido, por exemplo, mostrou que 80% dos profissionais alegavam que o presenteísmo existia em seus locais de trabalho e um quarto deles afirmou que isso tem piorado com o tempo.

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Esse comportamento pode gerar grandes prejuízos para as empresas, pois há uma perda da capacidade produtiva, com impactos diretos para os resultados obtidos. Com a pandemia, a necessidade de um controle por produtividade e não por horas de trabalho tem se mostrado ainda mais necessário, pois a presença digital – seja respondendo e-mails ou mensagens no WhatsApp – é simples de ser simulada, mas as entregas exigem o comprometimento da pessoa.

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Motivos do presenteísmo

A maioria dos casos de presenteísmo está ligada a problemas emocionais, que podem afetar a produtividade do trabalhador. Eles surgem principalmente quando não se tem mais controle do ambiente de trabalho, podendo ser gerado por:

  1. Demandas em excesso: graças à alta demanda repassada ao trabalhador diariamente, ele pode se sentir cada vez mais sufocado e considerar que não consegue entregar o que foi demandado. Isso pode causar um alto pico de estresse, que afeta o psicológico e a capacidade de terminar o trabalho iniciado.
  2. Insatisfação com o ambiente: se a pessoa não tem desafios e responsabilidades condizentes com suas capacidades ou com o que foi oferecido no momento da contratação, ela pode sentir-se desmotivada. Não se sentir reconhecido, ter problemas com as lideranças ou estar insatisfeito com os benefícios oferecidos podem ser motivos que geram o presenteísmo.
  3. Problemas de saúde: quando o trabalhador passa por uma doença em silêncio, seja ela física ou mental, isso pode comprometer a produtividade. A pessoa fica mais reclusa, evita o contato com os colegas e se afasta das questões envolvendo a empresa – o que diminui a produtividade.
  4. Problemas pessoais: não há como separar vida pessoal e profissional, pois tudo está interligado de alguma forma. Questões envolvendo relacionamentos, familiares ou amigos podem gerar efeitos negativos na rotina de trabalho e contribuir com o presenteísmo.
  5. Inadequação ao clima organizacional: às vezes acontece de o trabalhador simplesmente não se adaptar ao clima da empresa ou haver uma mudança tão significativa que ele não se vê mais no novo modo de agir da organização. Isso gera uma insatisfação e, como consequência, diminui a qualidade das entregas planejadas.

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Presenteísmo x Absenteísmo

Apesar de terem características distintas, presenteísmo e absenteísmo são o resultado de uma insatisfação constante do trabalhador com a empresa e com o trabalho realizado. O que muda entre os dois casos é a forma como a pessoa vai lidar com a situação.

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O absenteísmo é marcado pela ausência física do colaborador, que não cumpre com os horários combinados e não está disponível para a empresa quando ela necessita. Isso pode aumentar o grau de insatisfação dos demais colegas, uma distribuição desigual das tarefas, licenças médicas sem necessidade e uma piora do clima organizacional. É mais fácil de identificar porque, afinal, o trabalhador não está presente.

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Já o presenteísmo é mais difícil de ser percebido, pois a pessoa cumpre os horários combinados. O problema, como dito, é que há uma queda gradual na produtividade, pois a pessoa não consegue se dedicar completamente a suas atividades. Quando isso ocorre de forma pontual – estimulado por fatores externos, como problemas familiares, com amigos, relações amorosas ou na vida financeira –, é mais fácil de ser contornado.

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Quando isso é algo recorrente, porém, é preciso ter atenção redobrada, pois a pessoa já não consegue mais entregar as tarefas pedidas e podem acabar compensando isso com horas extras, que não refletem na qualidade das entregas. A pressa para ir embora também é um sinal comum no presenteísmo, uma vez que o trabalhador já se encontra em um piloto automático e quer estar em casa de qualquer forma.

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Como evitar o presenteísmo?

Para garantir que as demandas sejam cumpridas nos prazos estabelecidos, é preciso criar ações de prevenção que garantam o bem-estar dos trabalhadores. Afinal, quando eles se sentem mais valorizados, passam a valorizar a entrega de um produto com o mínimo de erros e cada vez mais completo, sem a necessidade de retrabalho.

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Aumentar esse engajamento tem consequências diretas para os resultados da empresa, que pode conquistar clientes, vender mais produtos e aumentar os lucros. Além disso, diminui a rotatividade na equipe e os casos de absenteísmo, gerando uma economia de tempo e dinheiro com demissões e contratações. E tudo isso a partir de algumas atitudes simples de prevenção que podem ser adotadas pelos gestores:

  • Programas de qualidade de vida: seja no escritório ou em casa, a empresa pode contribuir para valorizar o bem-estar de seus colaboradores. Horários flexíveis, investimentos na saúde física e mental das pessoas e criar espaços de descompressão são alternativas para aliviar a pressão e o desgaste no trabalho.
  • Investimento em comunicação: um dos pontos principais de um bom trabalho de prevenção é saber quais as reais necessidades dos trabalhadores. Isso é essencial não apenas para contratar pessoas capacitadas, mas também para mantê-las dispostas a participar ativamente das ações propostas. E aqui não valem apenas as ações de endomarketing, mas também aquelas para promover uma maior integração e formação de uma verdadeira equipe.
  • Busca constante por inovação: para engajar os profissionais, é preciso oferecer desafios para que eles possam colocar à prova fatores como a criatividade. Testar ideias, mostrar que todos têm espaço para dar opiniões e aprimorar os processos ajuda a estimular as pessoas e evitar o presenteísmo.
  • Cultura de feedback: os funcionários precisam saber como está o desempenho deles, com os pontos negativos que precisam ser minimizados e os positivos que podem ser exaltados. Essa comunicação direta e franca com os gestores estimula o crescimento e aumenta a motivação, com o estabelecimento de objetivos e metas a serem cumpridos em conjunto.
  • Melhor definição de responsabilidades: não saber exatamente o que se deve fazer em um projeto é um dos maiores fatores de desmotivação dos funcionários. Os gestores precisam ter isso bem claro e repassar isso aos funcionários para estabelecer objetivos palpáveis para quem vai executar a tarefa.

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Com essas medidas de prevenção, o funcionário se sente mais valorizado e passa a entregar um trabalho mais completo e com poucos erros. Esse engajamento tem reflexos positivos na queda do absenteísmo e do presenteísmo, aumentando a produtividade e os lucros da empresa e diminuindo a rotatividade da equipe. Ou seja, essas ações são um investimento que gera efeitos positivos para toda a organização.

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Cuidado com o trabalhador

Para evitar casos de presenteísmo, é preciso pensar no bem-estar de todos. Não é apenas uma questão de valorização, mas também de melhoria dos indicadores da empresa, com ganhos em produtividade e na qualidade dos serviços. E tudo isso pode começar com um programa bem estruturado de SST. Que tal consultar a Ocupacional e ver como podemos te ajudar?

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Fonte: https://www.ocupacional.com.br/ocupacional/presenteismo-o-que-e-e-como-combater/