Para facilitar o entendimento sobre a monitorização biológica, vamos voltar alguns passos. Como sabemos tudo começa com a presença de um determinado contaminante no ambiente de trabalho. De acordo com as condições deste ambiente e do agente pode ocorrer a penetração no organismo do trabalhador por diferentes vias (as principais são as respiratórias e as cutâneas), em paralelo iremos realizar a avaliação ambiental para verificar o nível de exposição.
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Depois que entra no organismo em função de solubilidade e de outros fatores este contaminante irá circular no corpo do trabalhador exposto. Alguns destes agentes irão se distribuir por igual, outros irão se acumular em determinados órgãos e outros poderão ser transformados em outras substâncias para que possam ser eliminadas.
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No entanto, dependendo da quantidade de entrada e das características do produto que entrou, o organismo não consegue eliminá-lo e para determinar a dose interna deste contaminante poderemos utilizar o controle biológico.
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A monitorização biológica consiste na quantificação e posterior avaliação do agente químico ou dos seus metabólitos que penetraram no organismo e com base na comparação com referências apropriadas iremos entender melhor o risco desta exposição para a saúde do trabalhador.
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Para realizar esta monitorização o setor de saúde da empresa irá fazer a coleta de sangue, urina, saliva etc, para poder ter valores para comparar com padrões estabelecidos como sendo aceitáveis para o corpo humano.
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Na legislação brasileira, os dados para esses indicadores biológicos encontram-se na NR 07 e são denominados Índices Biológicos Máximos de Exposição (IBMP).
No EUA é encontrado na ACGIH como Biological Exposure Index (BEI).
Na Alemanha é obtida na Fundação Alemã de Investigações (DFG) – BATs (Valor de Tolerância do Agente Biológico).
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Na Espanha no Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo – INSHT são os VLBs (Valores Limites Biológicos).
Apesar de ser um importante método para complementar a avaliação ambiental os resultados proporcionados podem apresentar discordâncias, como por exemplo:
- pode ocorrer valores bem abaixo do limite na avaliação ambiental e exposições elevadas na avaliação biológica, um dos fatores é absorção cutânea.
- fatores intrínsecos ao trabalhador (como a constituição física, o tipo de alimentação, a atividade enzimática, o sexo e a idade, a presença de alguns tipos de patologias ou o uso de algumas medicações);
- fatores relacionados com a atividade profissional (de que são exemplos a carga de trabalho física, as variações na duração e intensidade da exposição ou a diversidade de fontes de exposição e as exposições múltiplas, bem como a temperatura e umidade nos locais de trabalho);
- fatores ambientais externos à exposição profissional (em que se incluem, entre outros, a poluição ambiental e a contaminação de alimentos e água nas zonas de residência);
- fatores relacionados com modos de vida (como a existência de atividades extra-profissionais com exposição ao agente, a higiene pessoal, os hábitos de vida e de trabalho e a concomitância de outras exposições domésticas e de lazer);
- fatores de natureza metodológica (relacionados com a contaminação dos produtos colhidos para análise, a má conservação dos produtos a analisar e variações dos métodos analíticos).
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Algumas das vantagens do uso dos critérios biológicos em complemento às avaliações ambientais são as seguintes:
- Complementam os resultados das avaliações ambientais;
- Identificam pessoas mais sensíveis ao agente analisado ou com problemas metabólicos que dificultem a excreção do produto;
- Validam ou não as avaliações ambientais;
- É um indicativo da exposição global, pois irá considerar todas as vias de entrada no organismo e não apenas a via respiratória.
- Dar uma ideia da eficácia das medidas de cotrole (EPIs, EPCs ou medidas administrativas);
- Ajudam a avaliar situações de difícil análise com a presença de diversos agentes;
- Alertam para exposições que a princípio não seriam esperadas (exposições extra laborais).
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Porém, como principais desvantagens podemos citar:
- O reduzido número de substâncias com estudos confiáveis sobre o índice biológico;
- Utilização do ser humano como critério de análise, o que pode gerar diversas inconsistências devido a razões como idade, constituição fisiológica, gênero, medicação, gravidez etc.;
- Dificuldade da coleta da amostra, pois depende do agente tóxico possuir uma vida média biológica relativamente prolongada para permitir a realização das avaliações (tempo necessário para que a quantidade de um determinado contaminante se reduza à metade no organismo).
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Fonte: https://protecao.com.br/blogs/segurito-na-protecao/monitorizacao-biologica/