As paradas de manutenção, quando não programadas, trazem muita dor de cabeça para a organização. Com tantas responsabilidades e demandas do dia a dia e por muitas vezes contar com uma equipe reduzida, o assunto Parada de Manutenção se torna assustador.
Uma parada de manutenção envolve muitas pessoas e está norteada por diversos detalhes. E quanto maior a parada, mais recursos de tempo, mão de obra e outros serão exigidos. Portanto, saber quando realizar tais paradas, considerando seus custos, a previsão de recursos humanos, a previsão de materiais e o tempo para sua execução, é fundamental para o sucesso.
Se está familiarizado com situações semelhantes, siga lendo este artigo, pois apresentaremos soluções para esses problemas.
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O que são as Paradas de Manutenção?
As paradas de manutenção são eventos periódicos, onde a indústria para sua produção parcial ou total com intuito de executar serviços de manutenção e fazer com que a máquina retorne à sua condição de trabalho em pleno funcionamento.
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As paradas de manutenção vão além das manutenções preventivas, que são programadas para serem realizadas seguindo uma periodicidade semanal, mensal, trimestral, por exemplo. Normalmente se trata de paradas mais longas e por isso precisa ser muito bem planejada. É comum aproveitar tais paradas para realizar outros tipos de manutenção, como: corretiva planejada, detectivas dentre outras.
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Por que realizar paradas de manutenção?
Já sabemos que os principais motivos das paradas de manutenção são: prolongar a vida útil de suas máquinas fazendo com que retome suas atividades com alta performance e prezar pela segurança dos operadores e ambiente. Vale ressaltar a importância e benefício da manutenção:
- Redução de custos;
- Aumento da vida útil dos equipamentos;
- Segurança para os operadores;
- Maior disponibilidade do maquinário;
- Alto índice de confiabilidade
- Maior competitividade no mercado
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Como definir o melhor momento para realizar as paradas de manutenção?
Quando o assunto é parada de manutenção, não existe uma regra geral que se encaixe para todos os ramos de atividades. Cada empresa se adequa a um tipo de parada, levando em consideração seu nicho, sazonalidade, dentre outras verificações.
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Ao definir qual o tipo de paradas seguir, é importante reunir todo time da empresa para entender qual seu regime de produção e qual o momento ideal para realizar o planejamento da manutenção, como por exemplo:
- férias coletivas da indústria;
- período de entressafras;
- entre um ciclo produtivo e outro;
- entre intervalo limitado, etc.
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Ou seja, o time de manutenção trabalha juntamente com o time de administração, com o time de vendas e por aí vai… Tudo precisa ser considerado, justamente para evitar “dores de cabeça”.
Entenda cada regime de produção e avalie qual tipo de parada mais adequada à sua empresa.
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- Processo por Batelada:
Batelada significa quantidade considerável, porção, ou seja, a produção é realizada por ciclos que duram em média 7 dias. Ao término deste ciclo há um intervalo, sendo ideal para o time de manutenção programar as paradas.
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No processo de bateladas, a fábrica estoca uma quantidade do produto final que atenda sua demanda de mercado e os principais ramos industriais que adotam esse processo são:
- empresas de alimentos e bebidas;
- empresas do ramo farmacêutico;
- empresas têxteis;
- empresas de embalagens;
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- Processo contínuo:
Não há muito segredo para esse processo, trata-se de uma produção contínua, sem interrupções, ou seja, planejar uma manutenção por um período muito longo de tempo está fora de questão.
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Normalmente empresas que adotam essa modalidade possuem um produto final muito caro, por exemplo, o que impossibilita estocar quantidades elevadas ou ainda, tem um mercado altamente competitivo, exigindo uma produção ininterruptas de 24 horas, 7 vezes por semana.
Principais ramos industriais que adotam esse processo são:
- Usinas (energia, petróleo, gás);
- Empresas automobilísticas;
- Minerações;
- Safras.
Talvez você esteja se perguntando, mas até as empresas de safras? Sim, se estiver no período de colheitas, não pode haver interrupções, causando prejuízo de milhões.
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- Processo semi-contínuo:
Existem empresas que combinam sua produção hora em bateladas, hora em processo contínuo. Normalmente é setorizado, alguns setores operam continuamente enquanto outros em ciclos. Assim, as programações de manutenção serão desenhadas considerando cada setor.
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Como planejar uma parada de manutenção?
Uma vez que entendemos os processos produtivos, precisamos definir como planejar uma parada de manutenção e para isso é necessário definir qual será o tipo de parada empregado em cada caso.
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- Paradas programadas parcialmente:
Esse tipo de parada é recomendado para empresas que trabalham em processo contínuo pelos motivos que já sabemos. Aproveita-se alguns eventos, pequenos intervalos de produção entre um processo e outro para realizar uma manutenção programada parcial.
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Suas programações serão para aquelas manutenções realizadas apenas em uma parte do equipamento, ou seja, apenas parte do processo de produção é interrompido por tempo limitado. Logicamente que respeitando todas as medidas de segurança para o operador da máquina, manutentor, ambiente interno e externo.
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E quando o assunto é segurança, deve ser levado a sério, considerando as normas regulamentadoras. Algumas dicas para manter a segurança na hora da manutenção, evitando acidentes:
- Realize checklists:
Tenha um planejamento contendo todo o passo a passo da paralisação. É necessário informar os procedimentos de segurança, os equipamentos de EPIs, o tempo de execução, quantidade e pessoas que farão parte do quadro de manutentores, quais materiais serão utilizados, se forem materiais inflamáveis, quais os procedimentos de segurança serão adotados. É importante ressaltar que possuir um Documento Operacional Padrão, o famoso POP, garantirá segurança e qualidade em suas paradas parciais.
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- Equipe apta:
Conte com um time bem treinado que esteja apto para realizar as manutenções. Ofereça treinamentos se for o caso, é vantajoso para sua organização, pois reduz riscos e proporciona mais eficiência.
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- Sinalize o espaço:
É comum ao entrarmos em locais públicos como shopping por exemplo, ao nos deparamos com a limpeza sendo realizada naquele momento, visualizarmos uma placa informando ‘cuidado chão escorregadio’ a fim de evitar um acidente com clientes e um possível processo. Quanto mais, em se tratando de manutenção de um equipamento. Certifique-se que não há riscos de choques elétricos, riscos de quedas, delimite o espaço de execução e sinalize para os demais colaboradores, para que não se aproximem. Enfim, peque pelo excesso de cuidado, não pela falta dele.
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- Paradas programadas geral:
Outro tipo de parada que pode ser realizada é a parada programada geral, que é ideal para empresas que trabalham sob demanda de bateladas, pois a produção é totalmente interrompida.
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O time de PCM programa com antecedência essas paradas, que normalmente são realizadas em datas específicas como férias coletivas, feriados prolongados, sazonalidades etc.
Essas paradas duram em média de 7 a 15 dias e para algumas empresas até um pouco mais, cerca de 20 dias.
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Algumas dicas para realizar essas paradas programadas geral:
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1) Defina planos de manutenção:
Da mesma forma que nas paradas parciais, é imprescindível possuir um POP para se nortear quanto à manutenção geral. Por ser uma manutenção que demandará mais tempo, quanto mais detalhado os processos e prazos de execução, melhores resultados. Manter históricos das manutenções anteriores também é um ótimo parâmetro para se planejar a próxima manutenção geral.
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2) Acompanhe o cronograma:
Que fique claro que uma equipe de manutenção não executa apenas as manutenções gerais, em um período específico do ano. Existem atividades do setor que demandam atenção o ano todo e por esse motivo, acompanhar o cronograma das manutenções de forma geral, ajuda os gestores nas programações futuras. Sem falar que se houver a possibilidade de nivelar seus recursos, ou seja, adequar a disponibilidade de recursos humanos, financeiros e de materiais a uma programação de serviços, certamente otimizará a gestão de manutenção.
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3) Gere ordem de serviço:
Parece óbvio, sabemos que o fim de um planejamento é para que um serviço seja executado. Sendo assim, documentar as manutenções, seguindo um parâmetro de execuções previstas e reais é fundamental. Apontar os registros de horas trabalhadas dos funcionários manutentores, os materiais (peças e insumos) utilizados na manutenção, os custos previstos e reais, custos extras, as falhas, causas e ocorrências identificadas faz com que, além de realizar a manutenção na máquina, a organização tenha históricos confiáveis. Consequentemente, o gestor de manutenção poderá extrair indicadores da confiabilidade da máquina, obtendo assim o MTBF e MTTR dos equipamentos, tendo conhecimento dos custos reais com a manutenção e muito mais.
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Conclusão
Um planejamento inteligente é chave para o sucesso da gestão. Saber qual tipo de parada realizar e o momento certo pode interferir em toda a produção. Para isso, contar com ferramentas e técnicas de gestão especializadas é um passo importante para colher resultados satisfatórios e ainda aumentar a confiabilidade da empresa.
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FONTE: https://blog.engeman.com.br/gestao-assertiva-das-paradas-de-manutencao/