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Otites: como prevenir infecções nos ouvidos!

As otites são infecções que podem afetar diferentes partes do ouvido e são um problema bastante comum, especialmente em bebês e crianças. Se não tratadas adequadamente, essas infecções podem levar a complicações sérias, como a perda auditiva. 

A otite média aguda recorrente é uma das condições mais comuns entre as crianças. Segundo a Associação Catarinense de Medicina (ACM), cerca de dois terços dos bebês até um ano terão passado por, pelo menos, um episódio de otite média aguda. Aos sete anos, aproximadamente 90% das crianças terão experimentado a doença, com 75% delas apresentando três ou mais episódios ao longo desse período.

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Portanto, é imprescindível conhecer os riscos associados à otite recorrente e como preveni-la, sobretudo na infância. Neste conteúdo, você encontrará informações muito importantes sobre o que é a otite, quais os tipos, sintomas, formas de diagnóstico, tratamento e prevenção.

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O que é a otite?

Otite é um termo médico usado para descrever a inflamação do ouvido, geralmente causada por infecções bacterianas ou virais. É uma condição que pode acometer diferentes estruturas do ouvido humano.

O ouvido é composto por três partes: externo, médio e interno. O ouvido externo, formado pela orelha e pelo canal auditivo, capta e direciona as ondas sonoras até o tímpano. Já o ouvido médio, contendo os ossículos (martelo, bigorna e estribo), amplifica e transmite as vibrações sonoras do tímpano para o ouvido interno.

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O ouvido interno, que abriga a cóclea e o sistema vestibular, converte as vibrações em impulsos elétricos enviados ao cérebro, permitindo a percepção do som. Além disso, o sistema vestibular é responsável pelo equilíbrio corporal. Essas três partes trabalham juntas para processar os sons que ouvimos.

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Crianças são mais propensas a desenvolver otites, em razão da anatomia dos ouvidos, que facilitam o acúmulo de líquidos e, consequentemente, a infecção. Adultos também podem ter otite, mas é menos comum e normalmente associada a outras condições, como alergias ou infecções respiratórias.

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As consequências da otite podem variar conforme a localização e a gravidade da inflamação. Se não tratada, pode levar a diversas complicações, tais como celulite periauricular, perda temporária de audição, problemas de equilíbrio e, em casos mais graves, perfuração do tímpano, que pode levar à perda auditiva permanente.

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Quais os tipos de otite?

A otite pode se manifestar de diferentes formas, dependendo da parte do ouvido afetada. Quando a infecção atinge o ouvido externo, é chamada de otite externa; quando atinge o ouvido médio, é chamada de otite média. Cada tipo tem suas particularidades, porém todos podem causar desconforto significativo e, em alguns casos, levar a complicações.

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Otite externa: conhecida popularmente como “ouvido de nadador”, ocorre quando a parte externa do ouvido fica inflamada, em geral, devido à entrada de água contaminada no canal auditivo. Essa condição é comum entre pessoas que praticam natação ou que têm o hábito de molhar os ouvidos com frequência. A umidade excessiva pode criar um ambiente ideal para o crescimento de bactérias ou fungos, que causam a infecção. Outro agente causador é o uso de cotonetes ou algum objeto para limpar o ouvido, podendo causar pequenas lesões na pele, facilitando a entrada de microrganismos.

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Otite média: é o tipo mais comum em crianças e ocorre quando a infecção se instala na cavidade do ouvido médio, que fica atrás do tímpano. Essa condição geralmente aparece como uma complicação de resfriados ou gripes, que causam o bloqueio da trompa de Eustáquio, o tubo que conecta o ouvido médio à parte de trás da garganta. Esse bloqueio faz com que fluidos se acumulem no ouvido médio, facilitando a proliferação de bactérias ou vírus.

A classificação da otite inclui ainda a sua duração, podendo ser aguda, com sintomas intensos e de curta duração, ou crônica, quando a infecção persiste por mais tempo.

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Quais os sintomas da otite?

Os sintomas da otite podem variar, entretanto, na grande maioria das vezes, incluem dor de ouvido, sensação de pressão ou “ouvido tampado” e febre. Em casos isolados, quando há agravamento e complicações, como supuração e rompimento do tímpano, pode ser observada secreção saindo do ouvido.

A dor é um dos principais sintomas, particularmente em crianças, que podem ficar mais irritadas, chorar mais e ter dificuldade para dormir. Em casos mais graves, a infecção pode causar febre alta e, em crianças pequenas, a recusa em se alimentar, por conta do desconforto ao engolir.

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Otite em bebês

Identificar a otite em bebês pode ser um desafio, uma vez que eles não conseguem expressar verbalmente o que sentem. O choro excessivo é um dos sintomas mais perceptíveis, mas é importante não confundir com os choros cotidianos. É comum que os bebês chorem quando estão com fome, com sono ou até quando fazem xixi ou cocô na fralda.

Quando a otite aparece, o choro do bebê parece não parar, mesmo que o cuidador já tenha tentado de tudo para acalmá-lo. Nesse caso, o ideal é levar o bebê ao pediatra, pois as chances de ser uma infecção de ouvido ou outras infecções são altas.

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Um comportamento que também deve ser observado é a linguagem corporal do bebê. Se, ao chorar, o bebê leva as mãozinhas para a região da cabeça, especificamente na orelha, pode ser sinal de dor de ouvido. Quando os bebês estão com dor de ouvido, um movimento corporal típico é o de mexer e/ou balançar muito a cabeça, repetidamente. 

Falta de apetite, deixar de comer ou de mamar são outros sinais que podem indicar desconforto nos ouvidos. Usualmente, há aumento da dor/choro ao mamar, ao se apertar levemente próximo à orelha.

Por fim, também podemos identificar uma dor de ouvido quando a criança se deita apenas de um lado, por causa da dor, atrapalhando o sono do bebê.

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Como é feito o diagnóstico da otite?

O diagnóstico da otite é feito por um médico, geralmente um pediatra ou otorrinolaringologista, que irá avaliar os sintomas e realizar um exame físico do ouvido com um otoscópio, uma ferramenta que permite visualizar o interior do ouvido.

Esse exame é importante para identificar sinais de inflamação, presença de fluido no ouvido médio ou perfuração do tímpano. Se houver otite supurada, o pus pode estar visível no ouvido médio atrás do tímpano.

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Em alguns casos, quando há suspeita de complicações ou se o tratamento inicial não for eficaz, podem ser necessários exames complementares, como a timpanometria e a audiometria, para avaliar a função auditiva e a pressão no ouvido médio.

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Qual o tratamento da otite?

O tratamento da otite depende do tipo de infecção e da gravidade dos sintomas. Para a otite média em crianças, comumente, é feito o uso de antibióticos, já que as infecções bacterianas são frequentes. Analgésicos e anti-inflamatórios também podem ser usados para aliviar a febre, a dor e reduzir a inflamação. Se a infecção for causada por vírus, o tratamento pode incluir apenas o manejo dos sintomas.

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Para a otite externa, o tratamento, habitualmente, envolve o uso de antibióticos ou antifúngicos. Manter o ouvido seco e evitar a exposição à água durante o tratamento também são recomendações comuns. Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de antibióticos orais ou a limpeza do canal auditivo por um profissional de saúde.

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Como prevenir a otite?

A prevenção da otite consiste em adotar uma série de medidas para reduzir o risco de infecções. Manter os ouvidos limpos e secos é recomendado, especialmente após banhos ou atividades aquáticas. É desaconselhado o uso de cotonetes ou objetos pontiagudos para limpar o interior dos ouvidos, o que pode causar lesões e aumentar o risco de infecção.

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vacinação é uma medida importante, principalmente para prevenir infecções de vias respiratórias por bactérias como o Streptococcus pneumoniae e o Haemophilus influenzae, que são comuns causadores de otite média. Como o sistema respiratório superior tem comunicação com os ouvidos, a otite pode decorrer de complicações de viroses que se iniciam no nariz. Assim, manter as vacinas em dia, como a da gripe, é fundamental para prevenção dessas doenças, além de ajudar a reduzir o risco de otite.

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Para bebês, uma medida preventiva é evitar o uso de mamadeira enquanto estão deitados, pois isso pode facilitar a entrada de líquidos no ouvido médio, aumentando o risco de infecção. 

Adicionalmente, evitar a exposição ao fumo passivo e manter uma boa higiene das mãos são estratégias eficazes para prevenir infecções respiratórias que podem levar à otite.

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Como vimos, embora seja uma condição comum, a otite pode ter sérias complicações se não for tratada adequadamente. A identificação precoce dos sintomas, o tratamento correto e a adoção de medidas de prevenção auxiliam na proteção da saúde auditiva. Pais e cuidadores devem estar atentos aos sinais de desconforto nos pequenos e buscar atendimento médico ao primeiro sinal de infecção.

Para entender mais sobre como cuidar da saúde das crianças, leia nosso conteúdo sobre a importância da consulta com o pediatra e como ela pode ajudar a prevenir e tratar problemas recorrentes na infância.

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Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

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Fonte: https://blog.sabin.com.br/saude/como-prevenir-otites/ – Os textos deste post foram compartilhados do Site SABIN cabendo a estes os direitos autorais.