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APR – Análise Preliminar de Risco

A APR – Análise Preliminar de Risco

Conhecida pela sigla APR, a Análise Preliminar de Riscos é uma ferramenta eficaz para a identificação de potenciais riscos no ambiente de trabalho.

Partindo da identificação antecipada de elementos e fatores ambientais que representem perigo elevado, analisa, de maneira detalhada, cada uma das etapas do processo, possibilitando assim a escolha das ações mais adequadas para minimizar a possibilidade de acidentes.

A APR é uma das técnicas mais utilizadas atualmente, e devido à sua alta eficácia e pelo envolvimento de diversos profissionais, faz parte do cotidiano tanto de profissionais, como de estudantes do setor de segurança e saúde do trabalho.

A APR é uma ferramenta essencial para a manutenção da segurança dos colaboradores.

  

Origens históricas da Análise Preliminar de Riscos

O desenvolvimento da APR deu-se, inicialmente, pela necessidade do Departamento de Defesa dos Estados Unidos de estabelecer padrões de segurança para o transporte, armazenamento e manipulação de mísseis militares, que pela natureza das operações, apresentava alto grau de periculosidade.

Devido ao alto valor de cada um desses equipamentos balísticos, foi necessário o desenvolvimento de análises minuciosas que aumentassem o nível de segurança, assegurando a segurança dos militares envolvidos e evitando prejuízo de milhões de dólares no caso de uma explosão acidental ou da perda de um dos mísseis por problemas operacionais.

A APR foi criada e desenvolvida para evitar prejuízos e melhorar processos.

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E quais são os objetivos principais da APR?

O âmbito da Análise Preliminar de Risco é bastante amplo, mas dentre as principais metas estão:

  • Identificação aprofundada dos riscos no ambiente de trabalho;
  •  Orientação clara e objetiva da equipe de colaboradores;
  •  Estabelecimento de procedimentos que visem a segurança;
  •  Organização e sistematização das tarefas desenvolvidas no processo;
  •  Planejamento amplo de cada etapa e de cada tarefa;
  •  Orientação e capacitação da equipe quanto aos riscos da atividade laboral;
  •  Prevenção de acidentes, causados por falha mecânica ou humana.

A principal meta da APR é garantir a segurança de todos no ambiente de trabalho

A APR e Suas Etapas

O desenvolvimento e a implementação da APR devem ser realizados antes do início da execução prática de uma nova tarefa, como por exemplo, na instalação de um novo setor, ou ainda, pode e deve ser aplicada nos processos já existentes.

A seguir, as etapas principais da APR, que devem contar com a participação de todos os envolvidos, a fim de assegurar que nenhum detalhe seja negligenciado e assim, toda a estrutura organizacional seja contemplada:

Descrever e caracterizar os riscos

Nesta etapa, serão caracterizados e descritos os agentes causadores e seus conseqüentes efeitos, possibilitando que medidas preventivas e de correção sejam aplicadas imediatamente.

Nesta etapa também serão identificados os riscos mais graves e os de menor potencial ofensivo, de maneira escalonada, o que indicará quais as medidas são mais urgentes.

A partir de um estudo técnico preliminar é possível mitigar boa parte dos riscos, como os produzidos por condições inadequadas do local ou a ausência de equipamentos de proteção individual ou de proteção coletiva, essenciais para a segurança dos colaboradores.

Determinar ações de controle e prevenção

Essa etapa é fundamental na APR, pois para que sejam preservadas a saúde e a segurança no trabalho, ações concretas devem ser realizadas logo após a etapa anterior.

Nesta fase também serão definidos os responsáveis pelo controle dos riscos. Dentre as principais ações estão:

  • Recorrer ao histórico de sistemas parecidos de produção, usando-os como exemplo para a identificação de riscos na atividade analisada;
  • Observar e revisar o objetivo principal da atividade, a partir da natureza, das exigências de desempenho e os limites a serem observados. Reavaliar a missão e dimensioná-la às reais condições possíveis de execução, eliminando excessos enquanto prima pela segurança;
  • Determinar os riscos por ordem de gravidade, dos mais graves aos menos ofensivos, tanto quanto à segurança dos colaboradores quanto às perdas e danos de equipamentos ou materiais;
  • Identificar a origem dos principais agentes de risco e os riscos associados a eles;
  • Revisar todas as maneiras possíveis de controle ou eliminação dos riscos aferidos, buscando encontrar possíveis soluções, sem excluir nenhuma possibilidade. Para isso, é fundamental ouvir a equipe, que lida diariamente e está diretamente exposta ao risco em questão, e que pode oferecer uma solução criativa – e ao mesmo tempo tecnicamente correta – até então não aventada;
  • Determinar medidas e ferramentas para a mitigação de danos caso o controle de riscos não funcione corretamente, impedindo assim que o acidente ou sinistro se alastre para outros setores envolvidos no processo;
  • Delegar e indicar em cada setor, qual profissional será responsável pela execução prática das ações preventivas e corretivas, e da mesma forma, quais as atividades estarão sob sua responsabilidade.

 

 

Analisar falhas humanas

Embora a tecnologia e a mecanização ocupem boa parte dos processos de produção, o elemento humano ainda é essencial e é o principal foco da saúde e segurança no trabalho.

Ainda, embora as estatísticas indiquem que mais da metade dos acidentes de trabalho são ocasionados por falha humana, outros elementos diversos colaboram para estes números.

O principal destes fatores é o próprio projeto de instalação e organização dos processos, que muitas vezes são inadequados e por si só oferecem risco quando estão em pleno funcionamento.

Portanto, é fundamental levar em conta a natureza dos equipamentos e demais variáveis do ambiente de trabalho para a análise dos riscos, e garantir que o dimensionamento e instalação do projeto sejam adequados à atividade humana.

Outro fator preponderante é a qualificação, o treinamento e a observância das normas e regulamentos por parte de todos os profissionais envolvidos, já que diversos fatores, internos e externos, podem contribuir para o aumento dos riscos de acidentes de trabalho.

APR: Cada etapa tem sua função específica no combate e na prevenção de riscos

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A APR, o SESMT e o envolvimento da equipe

Embora a APR seja de responsabilidade do supervisor da empresa executante, é fundamental a participação coletiva dos colaboradores e a assessoria da equipe do SESMTpara que todas as etapas sejam desenvolvidas a contento e o projeto seja implementado de maneira correta e segura.

É responsabilidade do SESMT – Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho– auxiliar no processo de aplicação da APR, bem como prestar as orientações técnicas que se fizerem necessárias.

Também cabe ao órgão garantir que a análise preliminar de risco seja adequadamente utilizada, e que seus dados sejam acessíveis a toda a equipe de colaboradores.

O supervisor, por sua vez, é o principal agente na implementação da APR, pois é de sua responsabilidade garantir que as atividades só serão iniciadas depois da elaboração da análise e da efetivação de suas medidas de prevenção – e levando em conta ainda, a ordem de serviço (OS) e a permissão de trabalho (PT), quando aplicáveis.

É dele a responsabilidade também pela guarda do documento e a sua acessibilidade aos demais trabalhadores e em casos mais extremos, a interrupção das atividades por ocasião de riscos iminentes e potenciais, que coloquem em risco a integridade da equipe.

Não menos importante, é a participação de todos os envolvidos, para que o conhecimento dos riscos e sua consequente prevenção sejam observadas cotidianamente.

Assim, torna-se possível que cada indivíduo colabore e acompanhe cada uma das ações previstas, fortalecendo então a coesão de todos em busca de segurança e excelência no desenvolvimento do trabalho.

Quanto mais se conhece a APR, melhores são os resultados.

 

APR: Ferramenta de antecipação e prevenção efetiva

Embora pareça redundante, falar sobre segurança no trabalho nunca é demais. São inúmeras as ferramentas e técnicas que podem, e devem ser aplicadas nas empresas para garantir a preservação da saúde e da qualidade de vida dos colaboradores.

E a APR é uma das principais ferramentas: assim sendo, deve ser feita de maneira minuciosa e criteriosa, levando em consideração não apenas os riscos visíveis e inerentes à natureza da atividade, mas também, antecipar e prever possíveis novos riscos.

A análise preliminar de risco pode ser a técnica principal para a prevenção e eliminação de riscos, mas pode e deve ser utilizada em conjunto com outras técnicas, principalmente quando já se tem um histórico preciso sobre os agentes presentes na atividade.

E esses riscos conhecidos por gestores, supervisores, chefes de equipe e funcionários, tendem a ser deixados de lado, justamente por serem amplamente conhecidos. Isto porque, quando convivemos diariamente com um risco, acabamos por menosprezá-lo – e é justamente nestes momentos que os acidentes costumam ocorrer.

Portanto, é necessário atenção redobrada, pois todas as atividades humanas, em maior ou menor grau, nas mais diversas naturezas, apresentam riscos, sejam eles temporários ou permanentes.

As técnicas, as ferramentas e toda tecnologia disponível devem ser utilizadas sem moderação, a fim de garantir a segurança e a saúde no trabalho, não para meramente reduzir as estatísticas de acidentes no trabalho, mas sim reduzir o risco real aos quais milhares de trabalhadores estão expostos diariamente.

Todo empenho é necessário, pois uma verdade universal permanece, sempre: uma vida não tem preço.

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A máxima da Segurança do Trabalho: uma vida não tem preço.

Fonte: Site Saber SST – POR CIBELE FLORES · PUBLISHED 6 DE MAIO DE 2017 · UPDATED 6 DE AGOSTO DE 2017

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