Fevereiro Roxo
Fibromialgia e Lúpus
Representado pela cor roxa, o mês faz alusão à conscientização quanto à prevenção da Fibromialgia, do Mal de Alzheimer e do Lúpus. De acordo com o professor Pablo Duarte Lima, a Fibromialgia é uma das doenças reumatológicas mais frequentes, acometendo mais de 3% da população brasileira. “Ela é caracterizada por dor muscular crônica generalizada acompanhada de sintomas de fadiga, alterações de sono, memória e humor”, alertou.
Conforme o docente do curso de Medicina do Unipê, teorias sugerem que a principal causa do mal seria uma alteração nas áreas cerebrais responsáveis pela percepção da dor. “O cérebro dos pacientes com fibromialgia parece ser excessivamente sensível a estímulos dolorosos. Isso significa que um estímulo indolor para a maioria das pessoas é interpretado como dor pelo cérebro do paciente fibromiálgico”, revelou, destacando que a doença também pode ter predisposição genética.
A fibromialgia é uma doença que pode evoluir de dor para incapacidade física, alerta o docente. “Pacientes sem tratamento adequado podem evoluir para incapacidade física, limitação funcional, piora dos sintomas e da qualidade de vida”, alertou, reiterando a importância da conscientização. “É importante essa campanha porque ela conscientiza a população para que esteja alerta aos sinais e sintomas da doença, objetivando o seu diagnóstico precoce e adequado tratamento”, pontuou.
O lúpus, por sua vez, é um distúrbio crônico que faz o sistema imunológico produzir anticorpos em excesso, sem um motivo aparente, o que faz com que eles passem a atacar o próprio organismo, provocando inflamações e lesões em vários órgãos. O transtorno pode ser brando, incapacitante ou mesmo fatal e o seu curso é imprevisível, motivo pelo qual é extremamente importante a realização de tratamento e acompanhamento com especialistas.
Mal de Alzheimer
De acordo com a professora Januária de Medeiros Silva, o Mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que acomete os indivíduos com mais de 65 anos. A doença apresenta uma evolução lenta e progressiva, destruindo as funções cerebrais e levando o paciente a um quadro de demência, ou seja, a uma perda das capacidades de raciocínio, julgamento e memória, tornando-o progressivamente dependente para a realização das suas atividades básicas de vida diária. O mal de Alzheimer é a causa mais comum de demência, sendo responsável por mais de 60% dos casos e, conforme a docente, a sua incidência tem aumentado nos últimos anos decorrente de um crescente envelhecimento populacional associado a um melhor diagnóstico das alterações degenerativas cerebrais.
Atualmente, não se sabe ao certo qual o estopim da doença, conforme a docente do curso de Medicina do Unipê. “Mas (se sabe que), na sua patologia, ocorre um acúmulo nos neurônios de uma proteína chamada beta amiloide e de outra chamada TAU, que promove o desencadeamento da doença”, explicou, ressaltando que, além disso, há ainda uma predisposição genética para a doença, principalmente em sua forma mais precoce, quando ocorre abaixo dos 65 anos. “Além disso, existem fatores de risco que podem estar associados a uma maior probabilidade no seu aparecimento, tais quais: idade avançada, sexo feminino, história familiar, sedentarismo, tabagismo, hipertensão arterial, hiperlipidemia, diabetes e depressão após os 50 anos de idade”, alertou.
Não há cura para a doença, contudo há tratamento, que pode ser realizado através de medicamentos que reduzem a progressão dos sintomas, protegem o cérebro dos danos causados pelo Alzheimer e podem aumentar a qualidade de vida e as capacidades cognitivas do paciente. A professora alertou quanto à necessidade de realização de tratamento para o Mal. “Caso ele não seja realizado, ocorrerá uma perda das capacidades intelectuais de forma mais rápida. Ao iniciarmos um tratamento tentamos prolongar a qualidade de vida do paciente, deixando-o funcionalmente independente o maior tempo possível”, disse.
Para Januaria, a realização de uma campanha para levar à comunidade mais informações sobre o Mal de Alzheimer é importante para promover mais conhecimento a respeito da doença, auxiliando, assim, na realização de um diagnóstico precoce. “Um diagnóstico precoce pode ser realizado e um tratamento iniciado quando ainda há chances de promover um envelhecimento com qualidade e dignidade. Devemos ter sempre em mente que o esquecimento não ocorre apenas porque estamos envelhecendo, e pode ser sim o sinal de uma doença mais grave”, completou.
Fevereiro Laranja
Leucemia
Representado, ainda, pela cor laranja, o mês de fevereiro também é voltado à campanha de conscientização quanto à Leucemia. Conforme o professor Luis Fábio Botelho, as Leucemias são grupos de doenças malignas, popularmente conhecidas como cânceres, que têm origem nas células do sangue. “Embora sejam doenças que num primeiro momento trazem consigo um estigma de fim de vida, na atualidade, muitas delas podem ser curadas ou pelo menos bem controladas, garantindo uma boa sobrevida ao paciente”, afirmou, “como tudo em medicina, o diagnóstico precoce é fundamental para uma boa recuperação”, reiterou.
As causas das leucemias, segundo Botelho, são desconhecidas. “Alguns casos podem estar relacionados com exposição crônica à pesticidas, benzenos, radiação e outros agentes químicos, inclusive drogas quimioterápicas que possam ter sido usadas pelo paciente no tratamento de algum outro tipo de câncer Algumas doenças genéticas como síndrome de Down podem aumentar em até 67 vezes a chance do paciente desenvolver leucemia. Há certa associação com tabagismo e obesidade. Fato é que a vasta maioria dos casos não se tem um fator causal definido”, explicou.
Apesar de serem doenças repentinas e agressivas, muitas leucemias são curáveis, podendo chegar a até 90% de cura, segundo Botelho, que reiterou que outras, por sua vez, embora não tenham cura, têm tratamento, que podem controlar a doença por anos e permitem ao paciente viver bem e sem sintomas, “como se fosse uma hipertensão, diabetes, etc.”, explicou, reiterando que nem todas as leucemias precisam ser tratadas, mas a maioria requer tratamento. “uma vez indicado o tratamento, a sua não realização trará uma probabilidade muito grande de morte, em alguns tipos de forma muito rápida”, alertou.
Conforme Botelho, a leucemia é uma doença vista pela população geral e até por profissionais de saúde menos acostumados com esse tipo de doença como um tabu, como uma “sentença de morte”. “É fundamental conscientizar a população que a doença pode ser curada, que não é contagiosa, que mesmo quando não se cura pode se viver bem”, destacou, reiterando que um dos pilares do tratamento são transfusões de sangue e transplante de medula óssea. “Campanhas de conscientização permitem que mais pessoas despertem o desejo de ajudar o próximo por altruísmo e passarem a doar sangue de forma regular e se cadastrar como doador de medula óssea”, finalizou.
Fonte: Assessoria de Comunicação – ASCOM
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