O Que é Mapa de Risco
O mapa de riscos é uma representação gráfica que, por meio de círculos de diferentes cores e tamanhos, representam diferentes riscos existentes na empresa e em cada ambiente de trabalho.
Mapa de Risco e a Segurança do Trabalho
Antes de aprender a elaborar o Mapa de Risco, precisamos entender para que servem os mapas de risco. O objetivo principal do mapa de risco é informar, conscientizar e lembrar os trabalhadores de forma clara e visual os riscos existentes na empresa e em cada ambiente de trabalho.
É sempre importante que o mapa de riscos seja fixado em local de fácil acesso e visualização, para que todos os frequentadores dos diferentes ambientes sejam informados dos riscos aos quais estão expostos.
Mapa de risco e a Cipa
O atual modelo de Mapa de Risco foi instituído pelo Ministério do Trabalho e é submetido à constantes atualizações desde 1994.
- Quem elabora o Mapa de Riscos? De acordo com a Norma Regulamentadora 5, quem deve elaborar o Mapa de Risco é a CIPA ou o Designado CIPA, em parceria com o SESMT.
- Para que serve o Mapa de Risco? A elaboração do Mapa de Risco faz com que a empresa reúna informações importantes para estabelecer o diagnóstico da situação atual de segurança e saúde no trabalho, assim como estimular a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, a CIPA e o SESMT. O Mapa de risco tem como função estimular a participação de todos nas atividades de prevenção assim como divulgar e alertar quanto aos riscos existentes em cada ambiente de trabalho.
Mapa de Risco e a Análise de Risco
A elaboração do Mapa de Risco tem como ponto inicial a Análise de Risco.
É a partir da Análise de Riscos, que se identifica os riscos existentes no trabalho, assim como, se define os diferentes níveis de riscos a partir do confronto entre probabilidade e consequências do possível dano.
Análise de Riscos Segurança do Trabalho
A Análise de riscos é de suma importância para a segurança do trabalho. A NR1 define que é obrigação do empregador elaborar as ordens de serviços em que os trabalhadores tomem ciência das atividades que vão executar na empresa e os riscos existentes na função, assim sendo necessário a análise de risco.
A NR9 que legisla sobre o PPRA que desenvolve o Programa para Prevenção de Riscos Ambientais, ou o PCMAT da NR18, que substitui o PPRA na indústria da construção civil, tem seu desenvolvimento realizado a partir da análise de risco. Esta análise influencia e orienta o médico do trabalho responsável na elaboração do PCMSO, NR7.
Outras situações e normas regulamentadoras também utilizam a análise de riscos, como nos espaços confinados, NR33; em Instalações Elétricas, NR10; na escolha de EPIs, na NR6; nos programas PCA e PPR, entre outras situações.
Classificação dos Riscos
Para a elaboração do Mapa de Riscos utiliza-se os tipos de riscos subdivididos em 5 categorias, que são: risco físico, risco químico, risco ergonômico, risco mecânico e risco biológico.
Tipos de Riscos
- Os riscos físicos no ambiente de trabalho são as diversas formas de energia presentes no ambiente de trabalho, tais como: ruído, vibração, calor, frio, pressão, radiações, entre outros que podem ser prejudiciais à saúde do trabalhador ou podem causar acidentes. Normalmente, mais de um dos itens citados estão presentes no ambiente de trabalho, porém, muitas das vezes não são considerados como um risco, pois, a probabilidade de causarem danos é muito pequena. Um exemplo é o ruído, que só se torna prejudicial a partir de certa intensidade e tempo de exposição do trabalhador. A NR15 define esses parâmetros. Desta forma, para ambientes com ruído, é recomendado realizar medições e verificar se o resultado está de acordo com a legislação. Caso negativo, medidas de controle devem ser adotadas. Os efeitos dos riscos físicos vão desde irritação e cansaço até o câncer.
- Os riscos químicos no ambiente de trabalho caracterizam-se pela possibilidade do contato do trabalhador com substâncias, compostos ou produtos tóxicos que possam penetrar no organismo do trabalhador através da via respiratória ou serem absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão causando agravos à saúde. Outra forma de risco químico é a presença de substâncias que diminuem a concentração de oxigênio em um ambiente específico, podendo levar a morte do trabalhador por asfixia simples, ou seja, pela falta de oxigênio no ar. Alguns exemplos de riscos químicos são: poeiras minerais, como a sílica, que causa a silicose; a poeira do bagaço da cana-de-açúcar ou fumos metálicos liberados em processos de fundição. Os riscos químicos causam consequências como: dores de cabeça, irritação, doenças pulmonares e até a morte.
- Já os riscos ergonômicos no ambiente de trabalho são os fatores que podem afetar a integridade física ou mental do trabalhador, proporcionando desconforto ou doença. Pode-se citar como exemplos: a postura, o esforço físico, a monotonia no ambiente de trabalho, entre vários outros exemplos.
- Por sua vez, os riscos mecânicos no ambiente de trabalho, também conhecidos como risco de acidente, são fatores que colocam em perigo o trabalhador ou afetam sua integridade física. São os riscos gerados pelos agentes que precisam de contato físico direto com a vítima, para manifestar a sua nocividade. Envolvem equipamentos, objetos, ferramentas, entre outros.
- Os riscos biológicos no ambiente de trabalho ocorrem por meio de microrganismos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças, como os vírus, fungos, bactérias e parasitas.
COMO FAZER O MAPA DE RISCO?
Para se fazer um Mapa de Risco é preciso identifica os riscos existentes no trabalho, assim como definir os diferentes níveis de riscos a partir do confronto entre probabilidade e consequências do dano, para isso é montada uma matriz de nível de risco. Esta ferramenta tem a função de quantificar os riscos, separando-os em diferentes níveis de atenção.
Com os riscos identificados, e com seus diferentes níveis de risco analisados a partir da matriz de nível de riscos, é hora de montar o Mapa de risco. Mas como identificar os riscos? Analisar sua probabilidade de ocorrer? E seu possível dano?
A Análise de Riscos em Segurança do Trabalho é a base para se montar a matriz de nível de Riscos, vamos conhecer um pouco da Análise de risco em Segurança do Trabalho.
Análise de riscos segurança do trabalho, dicas!
- Para realizar uma Análise de riscos ambientais é importante que o profissional conheça o processo produtivo da empresa, o local de trabalho, equipamentos e produtos utilizados na produção, além de ter conhecimento da legislação e dos possíveis riscos do ramo de atividade da empresa assim como, analisar os levantamentos ambientais já realizados pela empresa e, se necessário, realizar novos.
- A conversa com os trabalhadores de maneira informal ou a partir de um questionário pré-definido também contribuem na busca por possíveis riscos. Como ao se analisar as queixas mais frequentes entre os trabalhadores do mesmo ambiente e as causas mais frequentes de ausência ao trabalho, dentre outros indicadores de saúde que contribuem com a análise.
- O conhecimento prévio dos possíveis riscos do ramo de atividade e o histórico de acidentes e doenças do trabalho da empresa contribuem com a análise, alertando quanto a possíveis riscos.
- Outro ponto importante para se realizar a análise de risco é conhecer a jornada de trabalho dos colaboradores do local, pois, o tempo de exposição ao risco tem grande influência sobre a probabilidade de um acidente ocorrer ou um agente insalubre prejudicar a saúde do trabalhador. Nessa análise ainda deve ser considerada as atividades não rotineiras e as intermitentes, ou seja, aquelas que não acontecem durante todo o dia, ou aquela que só acontece em alguns dias específicos.
- Para avaliar os riscos em cada exposição recomenda-se criar o GHE (Grupo Homogêneo de Exposição), que é um grupo de trabalhadores expostos ao mesmo risco, não sendo assim necessário realizar o estudo por trabalhador, e sim, por GHE. Para ser considerado parte do mesmo GHE, é necessário que o período de exposição seja o mesmo.
- Deve-se sempre analisar as questões legais em relação aos riscos identificados, por exemplo, um serviço que exige tarefas em espaço confinado. Deve-se analisar a NR33, que legisla sobre trabalhos realizados em espaço confinado. Muitas das vezes, a legislação exige uma avaliação quantitativa, ou seja, a realização de levantamento de agentes nocivos à saúde presentes no ambiente estudado.
Como desenhar o Mapa de Risco
O desenho do mapa de risco deve ser de fácil compreensão.
Desenha-se círculos, que representam os diferentes riscos, sobre o croqui do ambiente de trabalho em análise. Os círculos possuem tamanhos diferentes, representando os diferentes níveis de risco identificados na matriz de risco, quanto maior o círculo maior o risco.
Cada círculo deve ser da cor que representa o grupo de risco que ele pertence. Recomenda-se legenda facilitando a compreensão do mapa de risco.
SEGVIDA: TRANSFORMAR REALIDADES E MATERIALIZAR SOLUÇÕES ! Conheça nossas SOLUÇÕES EM SSOMA – SAÚDE SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE pelo site: www.segvidamg.com.br. ENTRE EM CONTATO E AGENDE UMA REUNIÃO OU VISITA: comercial@segvidamg.com.br – TEL; (31) 3817-4149 – PN – Zona da Mata
Fonte: https://valorcrucial.com.br