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SOLDA E CORTE: Perigos nos Trabalhos !

Perigos nos Trabalhos de Corte e Solda:

Nestas operações estão sempre presentes dois dos elementos essenciais do fogo ou dois lados do Triângulo do Fogo:

– Fonte (s) de ignição e o oxigênio do ar, sendo o último responsável pela manutenção do processo de combustão.

– O terceiro elemento ou lado do triângulo é o material combustível.

Os riscos que apresentam os trabalhos de solda variam de acordo com os locais onde estão sendo executados, ou seja:

Se o local for destinado para este fim (processos de produção ou áreas isoladas em oficinas de manutenção) os riscos serão menores e será bem mais fácil tomar as medidas preventivas necessárias, entretanto quando o trabalho é decorrente da montagem de uma obra ou para execução de reparos esta tarefa será difícil, pois muitas vezes não é possível afastar os materiais combustíveis e os líquidos inflamáveis da zona perigosa.

Incêndios ou explosões podem ser provocados por:

– Efeito direto das chamas ou dos arcos elétricos:

Tanto a chama do maçarico, como o arco elétrico desprende continuamente energia, tem temperatura muito elevada e grande quantidade de calor, capazes de incendiar imediatamente materiais de fácil combustão e em tempo relativamente curto os materiais dificilmente combustíveis.

– Por condução térmica:

A chama do maçarico ou o arco aquece localmente a peça até sua temperatura de fusão.

O calor absorvido no ponto de solda pode por condução provocar a inflamação de materiais combustíveis que estiverem em um ponto afastado, fora do raio de visibilidade do soldador.

Se a peça for má condutora, haverá acúmulo de calor que pode produzir processos de combustão inesperados.

– Fagulhas:

Projeções de metal incandescente lançados em torno do ponto de trabalho que podem penetrar através de frestas, aberturas, buracos e similares e atingir materiais combustíveis ou líquidos inflamáveis.

No caso de solda a arco elétrico as pontas dos eletrodos ainda quentes, são mais perigosas que as fagulhas, pois têm maior quantidade de calor.

A sobrecarga nos condutores neutros, assim como o mau contato, os defeitos no isolamento dos cabos de solda e do porta eletrodos, mau contato em tomadas e emenda de cabos, etc., podem produzir faíscas e aquecimentos capazes de inflamar os materiais estiverem em suas proximidades.

Precauções no trabalho de soldador

Antes do trabalho

– Avaliar se existem materiais combustíveis na área.

– Verificar se o trabalho pode ser realizado em um lugar mais seguro.

– Livrar área de materiais combustíveis procedendo da seguinte maneira:

a) Manter os produtos sólidos a pelo menos 12 m de distância do ponto de trabalho;

b) Avaliar a separação dos materiais combustíveis com relação às condições de execução do trabalho;

c) Manter os recipientes de líquidos e gases inflamáveis (cheios ou vazios), a pelo menos 12 m de distância do ponto de trabalho;

d) Esvaziar e inertizar os reservatórios e tubulações de líquidos e gases inflamáveis.

e) Se necessário, empregar analisadores de gases para comprovar a inexistência de vapores ou gases inflamáveis.

f) Eliminar resíduos tais como: óleos; graxas; resíduos de tinta; pó; trapos e estopas impregnadas de graxa; papel; lixo e similares, sobre o piso, estrutura e nas proximidades.

– Proteger os materiais combustíveis que não puderem ser retirados:

a) Cobrindo os materiais e os elementos construtivos com lonas ou outras proteções incombustíveis e maus condutoras de calor;

b) Certificando-se de que as fagulhas de solda não irão ultrapassar as proteções e atingir os materiais;

– Cobrir com materiais incombustíveis e maus condutores de calor todas as aberturas, frestas e buracos existentes no chão, paredes ou teto, num raio de 12 m.

– Evitar a condução do calor através de tubulações e outros elementos metálicos onde será executado o trabalho:

a) Afastando os materiais combustíveis dos materiais que podem conduzir calor;

b) Procedendo o resfriamento das superfícies que podem conduzir calor.

– Evitar que possíveis chamas secundárias provoque a ignição de materiais combustíveis e propaguem o fogo através de passagens estreitas.

– Antes de utilizar o equipamento de trabalho, comprovar suas condições de manutenção e funcionamento.

– Manter no local meios adequados para extinção de incêndios (mínimo um extintor de pó ABC e uma linha de mangueiras com água até o esguicho).

Durante o trabalho

– Um operário deve permanecer de prontidão no local e deve estar treinado para intervir utilizando os meios de extinção disponíveis.

– O maçarico ou eletrodo deve ser posicionado de forma que as fagulhas tenham o menor alcance possível.

– Não executar trabalhos de solda e similares nas proximidades de cilindros de gás.

– O operário de prontidão deve ficar atento ao seguinte:

a) A projeção das fagulhas e seu efeito;

b) A transmissão de calor por elementos metálicos;

c) O alcance da chama.

d) Necessidade de resfriar as superfícies e elementos metálicos afetados, capazes de transmitir calor por condução.

– Depositar as pontas de eletrodos em recipientes com água ou areia.

 Após o trabalho

– Resfriar todos os elementos que sofreram aquecimento (ou acompanhar seu esfriamento até atingir a temperatura ambiente).

– Realizar inspeção minuciosa nos seguintes pontos:

a) Local onde foi realizado o trabalho;

b) Áreas adjacentes;

c) Os pontos atingidos pela projeção de fagulhas incandescentes;

d) Todos os locais onde existe a possibilidade do calor ter sido transmitido.

– Manter inspeção contínua durante pelo menos uma hora após a conclusão do trabalho (inúmeros incêndios ficaram em estado latente e só foram percebidos horas depois de finalizadas as operações). Inspeções intermitentes devem ser rigorosamente realizadas até o dia seguinte.

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Fonte: https://safenation.com.br