O PROBLEMA DE TENTAR CONSCIENTIZAR OS COLABORADORES
Antes de pensar nas ações de conscientização, é preciso ter clareza sobre o que é conscientizar. No artigo que citei na introdução, sobre a diferença entre conscientização e engajamento, falei muito disso. Dar um passinho atrás e falar sobre isso.
Precisamos entender que conscientizar as pessoas faz parte de um processo de aprendizado. Quando você se propõe a mostrar a importância de algo, está se propondo a ensinar as pessoas sobre algo que vai (ou não) impactar a vida delas. Assim, antes de ensiná-las, você precisa criar consciência.
Então o que fazemos? Seguimos o processo de ensino ao qual fomos expostos durante toda nossa vida: colocamos as pessoas numa sala aplicamos uma aula, apresentação ou palestra. Esse é o conceito tradicional de ensino.
São 20, 30, 40 pessoas olhando para um único ponto e se esforçando para não dormir. Aguentando firme para chegar ao fim da palestra e aprender algo. Entretanto, pela experiência que tenho como professor (lecionei durante 3 anos), sei que esse modelo não funciona há um bom tempo. Se é que algum dia funcionou de verdade.
Parte desse fracasso se deve ao fato de que o aprendizado humano sempre se deu pela interação. Porém, no modelo tradicional não há interação. O conhecimento é sempre algo que vem do palestrante ou professor para o estudante. Isso prejudica a absorção de conhecimento e dificulta a manutenção da compreensão.
Mas a questão é: não precisa ser assim…
COMO FUGIR DO MODELO TRADICIONAL
No início da década de 40, o psicólogo social e especialista em gerenciamento de mudanças, Kurt Lewin, propôs o termo “Dinâmica de grupo”. Segundo ele, quando em grupo, as pessoas tendem a assumir comportamentos diferentes dos habituais. Isso significa que o simples fato de exercer alguma atividade em grupo, de certa forma, já produz mudanças no mindset das pessoas.
Além disso, um estudo de Harvard publicado recentemente no Proceedings of the National Academy of Sciences comparou o modelo tradicional de ensino (com alunos assistindo aulas passivamente) a um modelo em que pequenos grupos de alunos eram incentivamos a resolver problemas.
Ao final do estudo, os pesquisadores perceberam que os alunos que estavam organizados em pequenos grupos alcançaram maiores notas. Eles obtiveram cerca de 10 pontos percentuais a mais em testes se comparados aos alunos que assistiram às aulas passivamente.
COMO CONSCIENTIZAR OS COLABORADORES: TEORIA
Não coloque as pessoas numa sala e fale por 1, 2, 3 horas para falar sobre “a importância de termos informação documentada” ou sobre” a importância de tratarmos as NCs”.
Portanto, não fale para as pessoas, ajude-as a entender as coisas por si próprias. Entenda que nessa abordagem o seu é papel é ainda mais fundamental. Agora, você não irá apenas expor as coisas para a pessoas, irá literalmente guiá-las rumo a compreensão. Sim, eu sei, a pressão aumenta consideravelmente.
COMO CONSCIENTIZAR OS COLABORADORES: PRÁTICA
Acredito que você tenha entendido o conceito, mesmo assim, isso tudo parece muito vago, não é? Se antes era um assunto “meio místico”, agora ficou completamente transcendental. Afinal eu falei de guiar as pessoas rumo à compreensão.
Mas calma, isso é mais menos complexo e mais palpável do que parece ser. Quando digo isso, estou dizendo que você deve incentivar as pessoas a fazer as coisas por si próprias.
Ao invés de colocá-las para ouvir, separe-as em pequenos grupos e coloque-as para debater.
Ao invés de ofertar conteúdos prontos, utilize dinâmicas que vão fazer as pessoas construírem coisas.
Ao invés de explicar os requisitos de uma norma, instigue as pessoas a estudar e coloque-as para discuti-los.
Sei que é clichê, mas ao invés de dar o peixe, ensine as pessoas a pescar.
UM CASE DE SUCESSO: ORIGAMIS E INFORMAÇÃO DOCUMENTADA
Na ForLogic, eles sempre desenvolvem formas de conscientizar e engajar as pessoas. O novo planejamento estratégico envolve todo mundo. Têem uma sistemática específica para engajar as pessoas na coleta e análise de indicadores. E por aí vai.
Uma ação que deu ótimos resultados foi um workshop que fizeram para conscientizar as pessoas sobre a importância da informação documentada. Nele, fizeram as pessoas fazer Origamis.
Separaram os colaboradores em grupos e criaram uma situação em que elas tinham de fazer dobraduras para uma festa de aniversário. Entremeio a toda essa atividade lúdica, falaram sobre a importância da informação do documentadas. Explicaram a diferença entre registro e documento. Falaram também sobre a ISO 9001. E aproveitaram para falar de aspectos importantes do nosso contexto: a produção de softwares.
TIRE AS PESSOAS DA ROTINA
De qualquer forma, a questão é que esse é apenas um exemplo de como conscientizar colaboradores. E o fato é que você não precisa ficar preso a apresentações chatas em powerpoint.
Então crie formas de fazer as pessoas pensar. Mostre a elas o processo delas, mas de um jeito completamente diferente! Faça as pessoas enxergarem as coisas sobre outra perspectiva. Nós reclamamos que as pessoas não se engajam, que não entendem a importância da qualidade, certo? Então temos de buscar novas formas de mostrar a elas isso tudo.
Para isso, você vai precisar se preparar. Vai precisar focar em envolver as pessoas, e não em apenas “apresentar informações”. Isso vai precisar de tempo, esforço e dedicação. Mas entenda, esse é o trabalho certo! Você não é pago para preencher e organizar planilhas, mas para conduzir as pessoas rumo à Qualidade!
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