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SAÚDE MENTAL: QUAIS OS RISCOS NA PANDEMIA?

QUAIS OS RISCOS DA CRISE DO CORONAVÍRUS PARA A SAÚDE MENTAL E COMO SE PROTEGER?

O isolamento social e confinamento são a solução para conter a disseminação do covid-19, mas podem causar efeitos colaterais no psicológico

O covid-19 tem uma prescrição diferente e penosa para ser evitado: o isolamento social. É a principal providência para barrar a pandemia. O problema é que em meio a essa tentativa de manter o corpo são, a mente pode acabar prejudicada.

De repente, as pessoas tiveram de romper com suas rotinas, se afastar de amigos, familiares, deixar de sair de casa. O coronavírus obrigou o mundo todo a mudar de hábitos. Nada daquele aperto de mão de confiança, do abraço aconchegante, do carinho ou do simples encontro.

 De acordo com especialistas ouvidos pelo Valor Investe, mesmo nesse mundo conectado, o isolamento traz consequências psíquicas. Apesar das mídias sociais, da internet e dos celulares, o ser humano ainda precisa de interação presencial. Ou pelo menos saber que tem a escolha de sair de casa se quiser.

 “Você perde muito dos estímulos naturais, como a ocitocina, hormônio que vem num abraço de um amigo, olhar no olho, aperto de mão. É importante saber que isso vai impactar na sua saúde mental. Por isso vale a pena criar mecanismos para reduzir danos”, afirma o psicólogo clínico de análise do comportamento, Rodrigo Rodrigues.

 A doutora em psicologia clínica na área de psicanálise, Renata Toledo, tem atendido os pacientes via Skype. Mas relata que, mesmo assim, alguns têm dificuldades de manter o tratamento remotamente. “Um paciente disse que não conseguia chorar me vendo na tela. A tela tem um símbolo importante de afastamento. Por mais que ela aproxime em termos de você conseguir fazer coisas por ela, ela também tira o encontro com o outro”, conta.

 Na visão da psicóloga clínica em Gestalt-terapia, Ana Christina Almeida, o tratamento por internet e vídeo pode não ser o ideal, mas ainda é uma alternativa melhor que interromper a terapia num cenário como esse.

 “As pessoas ficam com receio se alguém mais que está em casa vai ouvir. A dica é colocar um fone de ouvido, ir para um lugar onde possa ficar de porta fechada, num horário com menos movimento na casa”, explica.

 “É interessante olhar o que essa situação toda está nos ensinando, o que podemos tirar de bom disso para nossa vida. Hoje estamos aprendendo a usar uma ferramenta nova na terapia. ”

 Nesta pandemia, três fatores deixam tudo um pouco mais complicado para nosso emocional: a guerra contra um inimigo invisível, não ter data certa para voltar à normalidade e viver num regime imposto (pela doença) de enclausuramento.

 “Não ver movimento e não sair gera a tendência a desenvolver uma melancolia porque é uma situação forçada”, completa Ana Christina.

 

RECOMENDAÇÕES PARA MANTER A MENTE SÃ EM TEMPOS DE CORONAVÍRUS:

 

  1. Cuide da higiene do sono. “É importante manter períodos de sono adequado de forma disciplinada. Por estar em casa, a probabilidade é de ficar mais tempo deitado. É importante só ir para cama quando tem sono”, afirma Rodrigues.
  2. Mantenha atividades que trazem alegria e bem-estar. “É super importante manter as atividades prazerosas, música, leitura, conversas”, aponta Ana Christina.
  3. Atenção ao conteúdo. Assistir a filmes, séries e fazer uma leitura é ótimo, mas dê preferência a conteúdos informativos ou de entretenimento leve, que não estimulem paranoias.
  4. Dose as informações. Regule o consumo de notícias. Veja só o suficiente para garantir uma boa prevenção, sem excesso, nem displicência.
  5. Rotina. Rotina. Rotina. Não é fácil. Mas o ideal é ter o mínimo de consistência no dia a dia. Buscar seguir horários, como das refeições, da diversão, do estudo, é importante para amenizar as mudanças e efeitos do isolamento.
  6. Mente ativa. Em vez de só assistir problemas, desafie a cabeça, com jogos, sudoku, palavra cruzada, principalmente para os idosos. Proponha também atividades educativas e desafios para as crianças.
  7. Escolha um projeto. Não precisa ser nada grandioso. Mas é interessante ter um propósito, um compromisso consigo mesmo para não ficar com a sensação de tempo perdido. Acrescente algo na lista de tarefas realizadas. Pode ser arrumar uma gaveta. Organizar os livros. Aprender uma receita nova.
  8. Ver o copo meio cheio. Pode soar clichê, mas o exercício de buscar ver o lado bom de cada situação pode ajudar a evitar pensamentos negativos num momento de crise mundial como agora. Pense em tudo que pode aprender com isso e aproveite para curtir o tempo com a família, ressignificar sua relação com o lar e com o trabalho.

TELETRABALHO

 

Para vários trabalhadores, as atividades continuaram remotamente, de casa. Assim, o lugar de descanso, lazer, de fuga das preocupações com a carreira, teve de abrir espaço para o trabalho. E a vida profissional e pessoal se misturaram num nível diferente.

 “Quando você não tem repertório emocional para lidar com a situação vai causar estranheza. Trabalhar de casa não é trabalhar como você quiser”, pontua Rodrigues.

 “Separe um local para isso, sem tanto conforto para não dar sono. Não pode ser deitado no sofá ou na cama. Coloque uma cadeira e tente recriar um espaço o mais parecido possível com o do seu trabalho”.

 A especialista Renata Toledo diz que ficar em casa, para alguns, pode ser torturante. Muita gente não tem um ambiente pacífico e usa o trabalho como escape.

 “Às vezes a casa da pessoa é um inferno e vira uma situação de histeria. Isso acaba gerando neuroses, estimulando situações que estavam lá e tem um período que reativa. Começa a provocar fobias e brigas, são consequências de enclausurar as pessoas”, afirma. Segundo ela, uma das saídas é buscar encontrar um novo significado para o espaço, saber dividi-lo.

A IMPORTÂNCIA DA ROTINA

 

Outra maneira de minimizar os impactos da mudança de regime de trabalho para home office é estabelecer ritos, definir a hora de começar e terminar o turno. “Ter rotina é a melhor coisa a ser feita. Ter hora para acordar, para trocar de roupa, separar psicologicamente o tempo de trabalho e de ficar em casa” afirma Rodrigues.

 Ele diz que para quem tem criança pode ser ainda mais estressante. Por isso, para facilitar os cuidados, é interessante seguir uma série de hábitos em casa: horário de acordar, levantar, vestir uma roupa, não ficar de pijama o dia inteiro. O recomendado é manter as responsabilidade e não encarar como se a quarentena fosse férias.

 A terapeuta Ana Christina aponta que as dificuldades enfrentadas na quarentena variam de acordo com o estilo de vida de cada um. Para os que são mais ativos, ficam muito tempo fora de casa e têm uma série de atividades porta afora, pode ser mais complicado de se adaptar.

 “No meu modo de ver, as pessoas que têm um estilo de vida mais atribulado devem sentir mais dificuldade. Para a pessoa que acorda todo dia 5h da manhã, vai correr no parque, toma banho, vai trabalhar por 14 horas por dia, a probabilidade de ficar angustiada é maior do que aquelas que tem uma vida mais tranquila. Mas é uma situação nova e podemos nos surpreender em como elas vão lidar com isso”.

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Fonte: https://valorinveste.globo.com