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Nanotecnologia - Prós e Contras do Avanço... • Segvida

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Nanotecnologia – Prós e Contras do Avanço…

Mas o que vem a ser Nanotecnologia?

Nanotecnologia é uma ciência que pesquisa e estuda a manipulação de matérias infinitamente pequena numa escala atômica e molecular. Para se ter uma idéia destas dimensões, tente dividir o 1 (um) metro em 1 bilhão e terá a proporção do que é este estudo. Exemplo claro destas dimensões é que um fio de cabelo esta na ordem de 50.000 a 100.000 nanômetros.

Apesar dos estudos, pesquisas mais aprofundadas estarem acontecendo desde inicio da ultima década, os estudos e teorias sobre o assunto iniciaram na década de 1980 com a invenção do microscópio de varredura tunelamento, destinado a visualização de superfícies no nível atômico. Invento este que rendeu o Premio Nobel de Física aos seus inventores. Nos dias atuais, os países de capital elevado, bem como forças emergentes como a China, Brasil e Argentina, já possuem políticas voltadas às pesquisas para aplicação desta tecnologia em escala industrial, medica, dentre outras. Hoje o Brasil responde por cerca de 0,03% da nanotecnologia mundial. Uma contribuição pequena de cerca de R$ 115 milhões perto do montante mundial que chegou a US$ 383 Bilhões.

Segundo o MC&T, Ministério da Ciência e Tecnologia no Brasil cerca de 150 empresas em ramos como revestimentos, tecidos, cosméticos e roupas fazem uso da nanotecnologia em seus processos. Dentre as aplicações para da industria com o uso destes processos, chegam aos consumidores finais tecidos resistente a manchas, tecidos que não amassam, pó anti-bactéria, colas capazes de juntar qualquer material um ao outro, aplicações anti-corrosão, vidros estruturados para impedir que a água pare sobre eles, não necessitando por exemplo de limpador de para brisas nos veículos automotores.  O processo de produção destas aplicações consiste em trabalhar aquela ínfima parte da matéria em equipamentos capazes de fazer a montagem de novas estruturas por meio de um montador molecular e instruções pré-fornecidas.

Velozmente, as industrias e os Estados, vem trabalhando novos experimentos e aplicações chegam revolucionando conceitos. Sabe-se, por exemplo, que areia com óxido de grafite, filtra melhor a água, que pode-se, transformar água do mar em água potável por nanotecnologia de forma mais simples que pelo processo convencional de dessalinização, que laminas de grafeno facilitam produção de telas flexíveis importante para indústria da informática visto que este material é transparente e bom condutor de eletricidade podendo facilitar o desenvolvimento de telas sensíveis a toque como as dos celulares.

 É inegável que novas aplicações facilitam o dia a dia das pessoas, que aplicações medicas podem reduzir o sofrimento ou mesmo salvar uma vida, que embalagens feitas a com uso de argila podem reduzir o uso de plástico nas embalagens e aumentar a sua resistência. Entretanto, fica a pergunta. Quais as implicações do uso destas tecnologias ao consumidor final e principalmente, aos trabalhadores que fazem a manipulação destes nos processos de fabricação?

 Vasto são os campos de aplicação da nanotecnologia, contudo os estudos sobre os impacto  de se trabalhar estruturas em escala reduzida para a saúde do homem são como a própria suas dimensões estruturais, ínfimos, cerca de 10% do utilizado para pesquisa de novos produtos.  Pense na seguinte situação: em escala nano, as propriedades dos elementos podem mudar perigosamente, sendo estas chamadas de “efeitos quânticos”.  Reduzindo o tamanho, sem mudar a substancia, os materiais podem exibir novas propriedades como: condutividade elétrica, maior resistência, alteração de cor, maior reatividade e toxidade. Daí a importância de estudos e conhecimento dos profissionais de SSOMA.

Devido a sua leveza e fácil fluidez no ar pode viajar por longas distancias vindo a contaminar ambientes os quais partículas maiores poderiam não atingir e assim contaminar plantações, intoxicar animais e contribuir para poluição ambiental, provocando danos ainda não conhecidos. 

Atualmente, a legislação que trata das regras de segurança, normalização, manuseio, transporte, estocagem, utilização e as informações ao consumidor, não abordar o tema de forma específica.  As FISPQ’s não tratam estas informações abrindo leque para exposição dos trabalhadores a produtos químicos invisíveis a olho nu.  Como para as substancias visíveis, as rotas de entrada no corpo humano são as mesmas agravando-se de infinitas vezes devido à possibilidade de absorção pela pele destas substancias “nanos” bem como  pelas vias respiratórias a maior responsável pela absorção das nanoparticulas pelo corpo humano, segundo os poucos estudos já realizados, podendo ainda, estas serem absorvidas pela mucosa, sistema ocular, ingestão, introdução venosa e intramuscular.

Qual respirador seria o adequado para proteção do trabalhador exposto? Qual melhor sistema de exaustão? Qual o custo disto para as empresas? São perguntas que nos fazem refletir sobre a importância de conhecer aquilo em que investimos.

Façamos uma comparação simples, o Benzeno era utilizado em larga escala em produtos domésticos, em solventes em geral, hoje é reconhecido como substancia A1 pela A.C.G.I.H. que significa Carcinogênico Humano Confirmado, podendo causar Leucemia. Outro exemplo o Asbesto, popularmente conhecido pelas telhas e caixas de água de amianto também se enquadra como substancia cancerígena A1, podendo provocar pneumoconiose, câncer de pulmão e mesotelioma câncer que pode ocorrer nas regiões do pulmão, coração e genital, este mais comum nos homens.

 Todavia, o importante é realizar os estudos necessários e estabelecer critérios, metodologias qualitativas e quantitativas para avaliar exposições, bem como prevenir a exposição daqueles que trabalham ou são os consumidores finais desta tecnologia, que convenhamos pode ser o maior feito da humanidade deste a invenção da maquina a vapor e Revolução Industria na Inglaterra por volta de 1750.