– Vejo muita gente bradando que o problema da falta de Proteção é o não desenvolvimento da cultura de Segurança do Trabalho e que se forçarmos neste ponto tudo estará resolvido.
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– Professor, mas o senhor acha que isso está errado?
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– Meu filho, não é que eu ache errado, mas sim um pouco irreal, pelo menos no formato que ouço por aí, para ser sincero acho até um pouco de arrogância acreditar que a cultura é uma espécie de massa de modelar que você moldará de acordo com seus interesses e necessidades. Ao invés de pensar na cultura como uma massa de modelar, imagine como um gás, ou seja, mesmo quando colocamos dentro de um cilindro não temos total controle sobre a movimentação interna.
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– Não entendi!
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– Imagine cada molécula como sendo um trabalhador, ou seja, assim como cada molécula vai para o lado que quiser, cada trabalhador tem uma cultura diferente e a união de tudo isso é que gera a cultura da empresa e não o contrário, como muito acreditam.
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– Então não tem o que fazer?
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– Não falei isso, apenas temos de ter em mente que é algo móvel e que cada um tem uma maneira diferente de olhar o mundo, chega até ser ingênuo criticar uma outra cultura com os olhos da sua cultura.
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– Tem como o senhor dar um exemplo?
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– Lógico! Imagine que vamos interpretar determinado texto, dependendo de quem leia terá uma visão diferente. O leitor não necessariamente tem a mesma visão do escritor, do professor de português ou de literatura e pensando em uma situação extrema, não terá a mesma visão de uma pessoa semianalfabeta. Ou seja, depende da interpretação. Na cultura ocorre o mesmo, será que o profissional de Segurança do Trabalho tem o mesmo olhar da direção da empresa, dos trabalhadores de chão de fábrica ou de outros setores específicos?
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– Entendo que não, professor. Fiquei pensando que é uma situação fluida, pois as pessoas mudam seu modo de pensar, alguns são demitidos, novos entram, são feitos pactos políticos entre setores, desavenças com outros e por isso o senhor está falando que não é algo simples.
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– Perfeito, meu filho. Mas ainda bem que não é algo fixo, pois só devido a esta fluidez é que temos a capacidade de adaptação e consequentemente desenvolvimento. Além disso, tentar mudar o outro pode ser uma verdadeira violência, imagine que você acredita em determinada religião ou outro exemplo mais leve, você torce para um determinado time e eu digo que agora você terá de mudar. A mudança tem de ser pensada e paulatina, mas geralmente o que eu vejo é uma gestão focada em comando e controle, com “zilhões” de procedimento, regras, leis, obrigações por não haver confiança no trabalhador.
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– Professor, mas tem trabalhador que é muito resistente às mudanças.
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– As resistências não existem porque as pessoas simplesmente não querem seguir determinada regra, mas por não terem o conhecimento (ou, pelo menos, o seu entendimento sobre determinado assunto) e tempo disponível. A maioria das empresas querem que o trabalhador mude com um ou dois treinamentos e no prazo mais curto possível, por meio de uma cultura autoritária. Como consequência, em prol de manter o controle, perdem a criatividade e o desenvolvimento dos trabalhadores e criam braços autômatos e cérebros sem ideias que precisam trabalhar em dobro para gerar o resultado econômico.
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Fonte: https://protecao.com.br/blogs/cuidado-com-quem-vende-facilidade-de-mudanca-na-cultura-de-seguranca/