– De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em relatório divulgado em 2018, cerca de 60% da população empregada no mundo se enquadrava como informal, com serviços temporários ou que atuam sem qualquer tipo de contrato.
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– E daí, professor, o que isso tem a ver com o SESMT? Há uma obrigatoriedade de contratação, acho que podemos ficar tranquilos.
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– Será que ter obrigatoriedade de contratação para o SESMT é tão bom assim?
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– E por que não seria, professor?
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– Primeiro porque eu acho que ficar na zona de conforto pode nos deixar preguiçosos e temporariamente cegos para as mudanças no mercado de trabalho.
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– Não sou preguiçoso, trabalho e estudo muito!
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– Tudo bem, meu filho, não quis ofender. Mas vamos imaginar, e estou falando apenas para imaginar (não significa que irá acontecer), que o mercado de empregos formais diminua ainda mais devido a automatização que possibilita, a depender do serviço, maior qualidade, precisão e trabalho árduo sem reclamar.
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– Continuando na imaginação, talvez passemos a ter até mais empresas, mas cada vez mais trabalhando em nichos específicos, como consequência teremos menor número de vagas formais e com trabalhadores cada vez mais especializados. Como os profissionais do conhecido SESMT dependem do número de trabalhadores contratados, há uma tendência natural de queda de empregos, isto considerando que as regras atuais permaneçam.
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– Professor, eu estava aqui tranquilo, agora vem o senhor e coloca esta pulga atrás da minha orelha.
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– Desculpe, meu filho. Espero que eu esteja enganado e que o mercado não mude.
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– Tudo bem, professor. Mas eu já estou estudando e me mantendo atualizado em relação à SST.
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– Ok, mas vamos imaginar…
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– De novo, professor!
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– Chora não. Você sabia que mesmo os serviços que exigem conhecimento específico também começam a cair? Por exemplo, já temos artigos de jornais feitos por máquinas e casos de diagnósticos médicos sendo triados por computador.
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– Perceba que ter apenas mais informação não é suficiente, pois este profissional pode ser facilmente substituído, hoje toda a informação necessária cabe na palma da mão e tem tela touch. Mas o que não cabe na mão é a capacidade de utilizar estas informações de forma criativa, saber interagir com as pessoas, saber liderar, manter a aprendizagem ativa e com novas estratégias de aprendizagem, ou seja, o mercado irá a cada dia precisar mais das habilidades únicas dos seres humanos e ficar esperando que uma reserva de mercado seja suficiente para manter seu emprego nas próximas décadas pode ser um problema.
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– Mas se você preferir é só você não imaginar e esperar que nada mude.
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Fonte: https://protecao.com.br/blogs/imagine-o-futuro-dos-prevencionistas/
