fbpx

O que é e como lidar com essa doença dentro da empresa?

Ter profissionais engajados e performando em alto nível é o sonho de todo gestor. Mas, na busca por resultados cada vez melhores, as cobranças e pressões são cada vez maiores e impactam à saúde mental do colaborador. A Síndrome do Pânico, por exemplo, é um dos transtornos mentais que pode ser desencadeada pelo ambiente organizacional.

.

Estamos falando de uma doença que atinge 280 milhões de pessoas, representando 4% da população mundial, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, dos 17 mil benefícios da Previdência Social em 2019 relacionados a algum tipo de transtorno mental, em média 3.600 foram em função da Síndrome do Pânico, sob o CID-10 F41.0.

.

O que é Síndrome do Pânico?

A Síndrome do Pânico refere-se a um ataque súbito e intenso que o indivíduo tem. Em outras palavras, a pessoa sente que está sob perigo e que pode morrer a qualquer momento. Segundo a psicóloga Heliane Pessoa, o paciente que sofre dessa síndrome perde o estado de consciência e a percepção da realidade, focando apenas nas sensações de pânico.

.

Ainda segundo a especialista, esse ataque tem uma duração, que não costuma ser maior do que 10-20 minutos.

.

Como diferenciar Síndrome do Pânico de Burnout?

É comum as pessoas confundirem Síndrome do Pânico e Síndrome de Burnout, mas essas são duas doenças diferentes. Enquanto na primeira o paciente tem uma sensação súbita de pavor, na segunda os sintomas são constantes e frequentes. Entenda melhor essas diferenças.

.

Síndrome do Pânico

Sigmund Freud foi o precursor dos conceitos de neurose e ansiedade, que tiveram sua origem por volta de 1895. O transtorno de pânico só veio quase um século depois, quando o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders reconheceu a doença.

Segundo a especialista Maria Aparecida Domingues de Oliveira, autora do livro “Neurofisiologia do Comportamento”, entendeu-se que a fobia é específica e se manifesta diante de uma situação — medo de elevador, por exemplo. Já o pânico não tem causa definida, podendo se manifestar em qualquer lugar.

.

Síndrome de Burnout

A tradução literal da palavra “burnout” significa “estado de esgotamento”. Esse termo surgiu em 1974, quando o psicólogo Herbert Freudenberger se referiu às consequências geradas por um estresse intenso decorrente do trabalho. Em 1990, a síndrome foi reconhecida como doença pela OMS, e em 2019 ficou caracterizada como doença ocupacional pelo ICD-11.

.

Os sintomas da Síndrome de Burnout se parecem muito com os sintomas da Síndrome do Pânico, então é preciso contar com a análise criteriosa de um especialista para entender a origem dos sinais, a fim de obter um diagnóstico preciso. No mais, a empresa precisa desenvolver ações e medidas para inibir e combater as síndromes, independente de qual seja.

.

Como diferenciar Síndrome do Pânico e Ansiedade?

A diferença está na intensidade dos sintomas e na imprevisibilidade de suas ocorrências. No geral, a ansiedade tem causas mais especificas — como uma situação ou desafio que deverá ser enfrentado e já é conhecido — enquanto a Síndrome do Pânico não tem hora, momento ou motivo específico para começar.

.

Quais são as principais causas da Síndrome do Pânico?

As crises de pânico podem ter conexão com fatores genéticos, experiências traumáticas e até mudanças radicais, sendo uma resposta do próprio organismo para reagir às situações de perigo.

.

Quando falamos de ambiente corporativo, fica evidente que tais crises também estão ligadas ao esgotamento no trabalho e a um ambiente estressante. Além disso, quando não tratadas, podem levar o indivíduo à depressão.

.

Existem situações que são mais propícias a desencadear esses transtornos nos trabalhadores, tais como:

  • Cansaço excessivo e jornadas exaustivas;
  • Situações de assédio verbal e moral;
  • Problemas com a comunicação interna;
  • Cobranças irreais e metas inalcançáveis;
  • Clima ruim e com índice alto de insatisfação profissional.

.

Fica aqui um alerta: as empresas precisam desenvolver políticas e ações de saúde mental para ajudar o colaborador a lidar com as frustrações e mudanças, criando também um ambiente de bem-estar e motivação no trabalho — é sobre isso que falaremos agora.

.

Quais são os sintomas da Síndrome do Pânico?

Ataques de pânico característicos dessa síndrome tem duração média entre 10 e 20 minutos, podendo variar de pessoa para pessoa. Eles podem ocorrer de forma repentina, a qualquer hora ou momento do dia, sem aviso prévio. Sua frequência pode variar muito: algumas pessoas têm ataques semanais (ou até diários) durante meses, enquanto outras ficam semanas (ou meses) sem nenhuma intercorrência.

.

Como os ataques podem ocorrer sem motivo aparente, conforme falamos, as pessoas afetadas se preocupam constantemente com a possibilidade de ter outro ataque, evitando, então, as situações associadas à ocorrência de ataques anteriores. Em casos mais extremos, pode-se desenvolver problemas mais sérios como depressão.

.

Alguns sintomas da Síndrome do Pânico podem ser sentidos horas depois da crise passar, sendo confundido, muitas vezes, com um ataque cardíaco. Normalmente, a Síndrome do Pânico inclui, pelo menos, quatro dos seguintes sintomas abaixo:

  • Palpitações, ritmo cardíaco acelerado e taquicardia;
  • Sensações de falta de ar, engasgo, dificuldade para respirar ou sufocamento;
  • Sensação de perigo iminente;
  • Sudorese;
  • Medo de perder o controle, de enlouquecer medo de morrer;
  • Tremores ou estremecimentos;
  • Sentimento de indiferença ou de estar fora da realidade;
  • Dormência e formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto;
  • Dor ou desconforto no peito, abdômen, tórax e cabeça;
  • Náusea, desmaio ou tonturas;
  • Hiperventilação;
  • Calafrios ou ondas de calor;
  • Sentimentos de bloqueio;
  • Agitação;
  • Sentimentos de irrealidade ou despersonalização.

.

Este último tópico é uma doença reconhecida pela área de psiquiatria e psicologia, podendo ser adquirida por problemas relacionados a depressão, esquizofrenia ou transtorno bipolar.

.

O que muitos não sabem é que situações de ansiedade ou traumas vividos, podem fazer com a que mente se dissocie da realidade, como um mecanismo de defesa no caso de um conflito interno muito intenso.

.

Como é realizado o diagnóstico da Síndrome do Pânico?

O diagnóstico da Síndrome do Pânico é realizado apenas quando os sintomas preenchem os critérios estipulados no Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition (DSM-5).

.

O médico deverá solicitar exames físicos, de sangue e eletrocardiograma. Além dos exames físicos, é preciso que seja feito uma avaliação psiquiátrica para que o diagnóstico seja finalizado.

.

O diagnóstico da Síndrome do Pânico é concluído caso o paciente:

  • Sofra ataques de pânicos frequentes e de forma inesperada;
  • Evite situações que possam desencadear novas crises;
  • Tenha crises de pânico sem o uso de substâncias;
  • Algum ataque tenha sido acompanhado de medo e angústia devido outro ataque.

.

Qual é o tratamento da Síndrome do Pânico?

O tratamento da Síndrome do Pânico visa reduzir o número de crises e sua intensidade, buscando uma recuperação mais rápida. Somente o médico pode dizer qual o medicamento mais indicado, dosagem correta e a duração do tratamento para caso.

.

Algumas pessoas se recuperam sem tratamento, confrontando as situações nas quais os ataques ocorreram, no entanto, frequentemente é receitado antidepressivos, benzodiazepínicos ou uma combinação dos dois. Também é recomendado medidas psicoterapêuticas.

.

Diferentes formas de psicoterapia são eficazes, sendo as mais recomendadas a terapia de exposição (na qual o paciente confronta o que teme) e a terapia cognitivo-comportamental (na qual ensina os pacientes a reconhecerem e controlarem seus pensamentos distorcidos).

.

Como lidar com esse transtorno dentro da empresa?

O tratamento da Síndrome do Pânico pode envolver medidas terapêuticas e até farmacológicas, dependendo da gravidade do caso. Ao investir em ações de saúde mental dentro da empresa, no entanto, é possível fornecer estrutura para o trabalhador que sofre desse problema e criar medidas que previnem o surgimento desse transtorno entre os colaboradores. Aliás, esse apoio faz toda a diferença.

.

Pensando nisso, reunimos abaixo algumas práticas que recomendamos para garantir mais saúde e bem-estar no ambiente corporativo. Veja!

.

Estimule uma cultura de bem-estar e a qualidade de vida

Antes de tudo, a empresa precisa acreditar na importância do bem-estar no trabalho e em como isso se relaciona com a felicidade do trabalhador e impacta o seu desempenho.

Ações de saúde mental e qualidade de vida são bem-vindas. Além disso, é importante incentivar uma alimentação saudável — os alimentos tem um impacto direto na disposição, imunidade e até produtividade.

.

Crie programas de incentivo à atividade física

Além dos benefícios físicos, como a prevenção de doenças osteomusculares e do fortalecimento muscular, a atividade física ajuda o colaborador a relaxar e aliviar o estresse. Com isso, ele reduz o cansaço físico e mental, que pode evoluir para uma série de transtornos mentais.

.

A prática da ginástica laboral, por exemplo, melhora ainda o clima organizacional e cria um ambiente de prazer na equipe, fundamental para a motivação dos profissionais.

.

Tenha um canal aberto de conversa com psicólogos

Vimos que a Síndrome do Pânico pode ter diversas origens, tanto nas questões pessoais quanto nas profissionais. Contar com a presença de um psicólogo na empresa é fundamental para identificar fatores de risco. Além do mais, compreendendo o contexto empresarial, esse profissional pode identificar os gatilhos que levam aos transtornos emocionais e propor ações de melhoria.

.

Promova o equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Respeitar os limites de cada trabalhador e incentivar tempo de lazer são outras práticas fundamentais.

.

De acordo com uma pesquisa do Gallup, os funcionários que têm metas realistas apresentam 2,4 vezes mais chances de ter um equilíbrio saudável entre vida profissional e pessoal. Essas cobranças excessivas podem impactar o clima organizacional, prejudicando até o relacionamento com clientes e o poder de negociação da empresa no mercado.

.

Como vimos, a Síndrome do Pânico é uma doença que pode afetar os colaboradores, já que sua origem varia de questões genéticas, fatos do cotidiano ou estresse e esgotamento no trabalho. Ter um ambiente saudável e que proporcione boas condições físicas e mentais faz toda a diferença para os profissionais. Invista em um programa de saúde mental o quanto antes.

.

A SEGVIDA possui parceiros com competência para assessorar a área de #RH em como conduzir a saúde mental das equipes. Nosso foco? Desenvolver ferramentas e ações que auxiliem no cuidado da saúde mental, emocional e com isto a qualidade de vida, o que contribuirá de forma relevante com o processo de cuidado e preservação da vida no ambiente operacional! Solicite-nos um orçamento, construindo soluções e transformando realidades!

.

Conheça as SOLUÇÕES EMPRESARIAIS EM SSOMA DA SEGVIDA pelo site: www.segvidamg.com.br. AGENDE UMA REUNIÃO ONLINE/VIRTUAL.

NOSSOS CONTATOS:

✅WhatsApp: (31) 98473-4618.

☎️: (31) 3817-4149 – Brasil

📧: comercial@segvidamg.com.br

.

#SEGVIDA #sindromedopanico #saudemental #OMS #ansiedade #tratamento #diagnóstico

.

Fonte: https://beecorp.com.br/blog/sindrome-do-panico/