Em um mundo marcado por incertezas e desafios constantes, o papel das empresas na promoção da saúde mental de seus colaboradores se tornou essencial. Com o aumento do desgaste emocional e da ansiedade, muitas organizações já perceberam que investir em saúde mental traz retornos significativos, tanto em produtividade quanto em retenção de talentos. No entanto, é crucial que as empresas saibam até onde se envolver, adotando práticas que respeitem os limites de cada indivíduo e promovam um ambiente de trabalho saudável e acolhedor. Neste artigo, exploramos como líderes empáticos e políticas de saúde positiva podem transformar o ambiente organizacional, beneficiando tanto os colaboradores quanto a empresa.
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Até que ponto a Empresa deve se envolver com a saúde mental de seus colaboradores?
É consenso o sentimento de inviabilidade do mundo atual. Cenários de pandemia, guerras, intolerância política e religiosa, aumento da criminalidade, regimes corruptos e diversas ameaças retiram a condição de uma vida serena e harmoniosa com o mínimo de segurança.
À medida que a cena externa se apresenta como volátil, complexa, ambígua e incerta (VUCA), as pessoas sentem vulnerabilidade, estranheza e instabilidade, o que leva a diferentes níveis de desgaste emocional e ansiedade. Para aqueles com predisposições ou condições de vida precária, as consequências podem ser imediatas no trabalho, onde são exigidos e pressionados constantemente.
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A Percepção da Saúde Mental nas Organizações
Na minha prática profissional, realizando atendimentos psicossociais individuais nas organizações, percebo que as demandas de sofrimento psíquico, na maioria dos casos, têm origem em questões pessoais ou familiares. Em contrapartida, um grande alívio é percebido quando a empresa demonstra que se importa e deseja oferecer caminhos que sanem ou, ao menos, mitiguem esse sofrimento. Estudos indicam que, para cada dólar investido em saúde mental, o retorno é de quatro dólares. Isso sem contabilizar a redução de custos com acidentes, erros, afastamentos, turnover e absenteísmo.
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Logo, é importante esclarecer que cuidar da saúde mental não significa fazer terapia com os funcionários ou se envolver em conflitos intrapsíquicos, tampouco requer que os gestores tenham profundos conhecimentos em psicologia. Ficou mais aliviado?
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Os cuidados com os fatores humanos que interferem no trabalho, chamados de riscos psicossociais, devem sim estar na mira dos gestores, e não serem tratados apenas pela psicóloga da empresa. No entanto, isso deve ocorrer de forma adequada e na medida certa.
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Liderança Empática: Um Novo Modelo de Gestão
É preciso um modelo de gestão de pessoas que forme líderes capazes de manter o foco nos resultados organizacionais, mas que também sejam empáticos e sensíveis às demandas de suas equipes. A atitude do líder contribui significativamente para a redução do sofrimento:
- Amor pelo outro: Interesse genuíno pelo bem-estar do próximo.
- Interesse: Desejo sincero de ajudar.
- Respeito aos limites de cada um: Reconhecer que cada pessoa tem seu próprio tempo.
- Colaboração: Demonstre disposição em ajudar.
- Otimismo: Acredite em soluções.
- Empatia: Ouça com atenção.
- Compreensão: Não julgue; apenas entenda as razões do outro.
- Inspiração: Promova bons sentimentos.
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Para que essas atitudes se manifestem genuinamente, o líder deve identificar em si os valores que estejam alinhados com essas práticas. Trata-se de ter competências socioemocionais, que nada mais são do que a capacidade de se relacionar de forma empática e compassiva, compreendendo e se comprometendo com os impactos do seu comportamento frente aos demais. Esse caminho gera vínculos e promove um ambiente de acolhimento, que por si só favorece a saúde mental.
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Valores Fundamentais na Prática
É necessário alinhar valores fundamentais e humanos com atitudes e comportamentos, portanto, não basta acreditar que o respeito é importante; é preciso ter uma atitude respeitosa com as pessoas e um comportamento coerente com esse discurso. Assim, o discurso sobre ética e valores deve ser refletido em ações práticas, pois estas precisam realmente representar a forma de pensar e sentir do líder.
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Já sabemos que saúde é mais do que a ausência de doença. Estudos apontam que otimismo, exercícios físicos, amor e amizade são fatores determinantes para o que vem sendo chamado de saúde positiva. Essa abordagem proporciona mais energia, motivação e melhores condições para os resultados de uma empresa.
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Conclusão
Empresas sensíveis a essa realidade, que compreendem o melhor caminho para a construção de uma sociedade mais justa, evoluíram suas culturas e resgataram valores fundamentais que sustentam suas estratégias de negócio, logo, essas empresas percebem o impacto que geram no mundo, afetando positivamente pessoas, famílias e comunidades.
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“Felicidade, fluidez, gratidão, realização, crescimento, melhores relacionamentos – constituem o florescimento humano. É transformador descobrir que você pode ter mais dessas coisas. É transformador vislumbrar a imagem de um futuro florescimento humano.”
– Martin Seligman
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FONTE: https://www.rsdata.com.br/como-empresa-deve-envolver-se-saude-mental-colaboradores/