fbpx

A perseverança e a fé em nós mesmos

Uma maneira de se conseguir fé é ter em mente um objetivo e perseverar nele. Perseverança é a determinação consistente, é a firmeza ou a constância num sentimento, numa resolução, num trabalho – apesar das dificuldades e dos incômodos advindos do esforço na resolução da situação.

Quando trabalhamos por algo e exaurimos nossas forças na empreitada, aparece a necessidade de recorrer a novas fontes de energia. Talvez busquemos um café para despertar, depois algo para distrair e logo, após voltar ao trabalho, buscando render mais. Mas quando a tarefa é difícil, chega uma hora em que ou conseguimos ter fé em nós mesmos e no que estamos fazendo ou, então, desistimos.

Fé (do latim fides, fidelidade) é a firme opinião de que algo é verdade, simplesmente pela absoluta confiança que depositamos na ideia. Eu posso ser um profissional capacitado e experiente, mas se eu não acreditar que eu posso, que realmente conseguirei realizar a tarefa ate o fim, estão estarei em apuros.

Naquele momento crucial no qual tudo o que poderia ter sido feito já foi feito, a fé tem o papel fundamental de conservar as nossas forças, de nos fazer perseverar. E, enquanto perseveramos, acontece automaticamente a realimentação da fé. É um ciclo, uma pista de corrida em que para correr, é suficiente ter disposição para começar.

Mas nos nossos dias atribulados, de altos e baixos, como encontrar a sintonia da fé, da perseverança, da consistência? O segredo está dentro de nós e se chama “força de vontade”.
“A corrida é longa, e o ideal, legítimo, mas os homens são inconstantes e incertos. O herói é aquele imovelmente centrado. A principal diferença entre as pessoas parece ser a de que um homem é capaz de se sujeitar a obrigações das quais podemos depender – é obrigável; e outro não é. Como não tem a lei dentro de si, não há nada que o prenda.” (Ralph Waldo Emerson, in Considerations by the Way)

Correr até ficar sem forças pode soar demasiado teatral, mas quando fazemos isso descobrimos o nosso limite. É aí que a fé e perseverança atuam, pois ela liberta o espírito dessa linha que prende o corpo, e fornece força e energia para ir além.
A fé fortalece o trabalho, que gera insumo para mais fé, e daí mantêm-se a perseverança: a certeza na realização. E a vida anda, e vamos assim conseguindo chegar onde queremos.
“Se há pessoas que não estudam ou que, se estudam, não aproveitam, elas que não se desencorajem e não desistam; se há pessoas que não interrogam os homens instruídos para esclarecer as suas dúvidas ou o que ignoram, ou que, mesmo interrogando-os, não conseguem ficar mais instruídas, elas que não se desencorajem e não desistam; se há pessoas que não meditam ou que, mesmo que meditem, não conseguem adquirir um conhecimento claro do princípio do bem, elas que não se desencorajem e não desistam; se há pessoas que não distinguem o bem do mal ou que, mesmo que distingam, não têm uma percepção clara e nítida, elas que não se desencorajem e não desistam; se há pessoas que não praticam o bem ou que, mesmo que o pratiquem, não podem aplicar nisso todas as suas forças, elas que não se desencorajem e não desistam; o que outros fariam numa só vez, elas o farão em dez, o que outros fariam em cem vezes, elas o farão em mil, porque aquele que seguir verdadeiramente esta regra da perseverança, por mais ignorante que seja, tornar-se-á uma pessoa esclarecida, por mais fraco que seja, tornar-se-á necessariamente forte.” (Confúcio, in ‘A Sabedoria de Confúcio’)
Lembrar-se de elevar o queixo na altura do queixo das outras pessoas, olhar nos olhos e falar a verdade – isso para não ser surpreendido. Despir-se das futilidades, buscar conhecer o que você é hoje e o que você quer ser amanhã, isso para ter sempre em mente e não se desviar do seu caminho. Traçar um objetivo e manter o espírito reto e perseverante. Viver com dignidade, amor e paz no coração. Tudo o que vier depois disso não poderá ser ruim.
 Por Luiz Lopes de Medeiros Duarte Júnior para o RH.com.br