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A Segurança na Utilização de Gruas na Construção Civil!

Atualmente o volume de obras na construção civil vem aumentando significativamente, com a demanda por moradias impondo um forte ritmo de produção das construtoras com a verticalização das habitações nas grandes metrópoles. Com isso, tem-se exigido cada vez mais o uso de equipamentos eficientes e capazes de atender aos curtos prazos impostos à execução das obras.

Nesse contexto são necessários equipamentos que façam transporte vertical e transporte horizontal para movimentação de grandes cargas. O guindaste de torre, mais conhecido como grua, é um equipamento composto desses dois movimentos (vertical e horizontal), permite aumento de produtividade. Existem guindastes de torre com lança horizontal que dispõem de formas de movimentações específicas, classificadas em fixas ou estacionárias; ascensionais e móveis sobre trilhos.

Dados mostram que os primeiros guindastes foram inventados na Idade Antiga pelos gregos e eram movidos por homens e/ou animais de carga. Esses guindastes eram usados para construção de edifícios altos. Guindastes maiores foram desenvolvidos posteriormente, usando engrenagens movidas por tração humana, permitindo a elevação de cargas mais pesadas.

Os guindastes atuais, são de torre fixa chumbada numa base de concreto, e compostos por uma torre que sustenta uma treliça metálica (lança) horizontal, com cabos e polias que içam a carga através do gancho de levantamento. A treliça metálica possui movimento circular, nela o trole tem movimentações horizontais, esse movimento é obtido por meio de um sistema de cabos e polias localizado na parte inferior da lança (existe casos que é necessário instalar um limitador de giro). O mecanismo de suspensão oferece grande mobilidade para realizar as operações, porque o gancho pode ser erguido ou baixado em comprimentos distintos. O contrapeso é posicionado na contra-lança que se encontra na extremidade, cerca de três vezes menor que a lança, no sentido oposto. Algumas gruas possuem cabine de comando que pode estar localizada no conjunto superior. A capacidade de carga aumenta à medida que o trole (carrinho, localizado na parte inferior da lança), trabalha mais próximo da torre central.

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Este equipamento pode atender às exigências de curto prazo, quando se faz um planejamento bem elaborado, com estudo de recebimentos e movimentações de cargas e materiais, além da disposição do canteiro de obra, através de critérios logísticos, para o aproveitamento máximo da grua. Quando esse planejamento não é feito, a utilização da grua pode perder seus benefícios, podendo inclusive chegar a ser desnecessária.

Quando se procura entender o funcionamento da grua, é fácil perceber a potencialidade de ocorrência de um acidente. Sua má utilização coloca em risco a segurança dos trabalhadores, riscos que ocorrem desde a instalação até a desmontagem, passando pela utilização e manutenção.

Para gruas fixas que são montadas sempre na área externa da obra, fixada em base de concreto, vantagens só podem existir com o uso adequado, através de estudos da logística do canteiro, programação da locação e desmontagem, além das interferências na fachada dos edifícios.

Nas obras que fazem uso de gruas é fundamental a presença de documentação e conteúdo programático com assuntos para um treinamento dos operadores de grua e sinaleiro/amarrador de cargas observando:

– O que é uma grua;

–  Como funciona uma grua;

– Montagem e instalação de gruas;

–  Como operar uma grua;

– Como sinalizar operações com gruas;

– Como amarrar cargas;

– Sistema de segurança;

– Legislação e Normas Regulamentadoras – NR18, NR06, NR05 e NR17;

– Glossário com as principais palavras específicas de grua.

Na Norma Regulamentadora – NR 18, o item, 18.14.3 estabelece que: “No transporte vertical e horizontal de concreto, argamassas ou outros materiais, é proibida a circulação ou permanência de pessoas sob a área de movimentação da carga, sendo a mesma isolada e sinalizada. (118.260-9 / I3)”. A falta de segurança é constante por conta da movimentação da grua, onde são possíveis os movimentos livres, horizontais e verticais, em todo o espaço térreo e aéreo e por conta da necessidade de trajetos diferentes em um curto espaço de tempo.

Na norma, este item não está direcionado para gruas, mas desde que a funcionalidade da mesma permite, deve ser atendido por esse equipamento também.

A utilização da grua deve atender aos requisitos da norma NR18, especificamente ao item 18.14.24 Gruas, o qual aponta que o equipamento deve dispor obrigatoriamente dos itens de segurança, conforme apresentado no Quadro 01.

Além de itens obrigatórios que a grua deve dispor, existem normas e instruções de segurança que são disponibilizadas pelo fabricante do equipamento para a operação. Nessas instruções, geralmente, são explicados o funcionamento, a montagem e desmontagem das gruas.

Esse equipamento possui liberdade de movimentação em um raio de 30 a 40 metros com torres que podem chegar até 130 metros, por conta dessa liberdade, isolar determinados locais para movimentações de cargas, significa perder a eficiência do equipamento.

Na prática, as movimentações são ocasionais, isto é, são realizados transportes de acordo com a necessidade, para locais distintos, percorrendo diferentes trajetos no canteiro. Por exemplo: em um mesmo dia pode-se existir a necessidade de transportar aço para a laje do edifício, transportar argamassa para um determinado andar e ainda descarregar blocos paletizados.

Para atender ao subitem 18.14.3 da NR18, onde se lê: “é proibida a circulação ou permanência de pessoas sob a área de movimentação da carga, sendo a mesma isolada e sinalizada”, deve ser feita no momento da movimentação apenas. Isso se torna complicado quando se tem um canteiro muito grande, por conta de diversas movimentações diárias. Mas, essa norma é facilmente atendida em indústrias, por possuir itinerários fixos (rotas de transportes suspensos), tornando obrigatória a proteção devida nos locais de movimentações. Daí, a necessidade de uma programação da logística do canteiro em obras.

Além da difícil adaptação da norma na construção, é constante a necessidade do aprofundamento do conhecimento dos riscos que a grua oferece, o qual pode ser feito através de treinamentos para quem trabalha dentro da obra. Em especial com o operador, que deve ser qualificado para tal serviço, conhecendo o funcionamento, as limitações da utilização do equipamento, como a carga máxima na ponta, o comprimento da lança, limitações no giro da lança e condições de trabalho com a mesma.

As interferências com o uso da grua na edificação devem ser objeto de análise técnica, por profissional habilitado, dentro do plano de cargas, com distâncias inferiores a três metros, como também sobre a área de cobertura da grua e interferência além do limite da obra. Por causa disso, o plano de cargas deve existir em obras que possuem o objeto em estudo.

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Fonte: https://safenation.com.br