Em um mundo onde o trabalho muitas vezes se torna sinônimo de estresse, ansiedade e pressão constante, a pergunta que ecoa nos corredores das empresas e nas mentes dos trabalhadores é: Como combater os riscos psicossociais no trabalho? A resposta, como nos lembra Pedro V. Pereira, especialista em Segurança e Saúde do Trabalho, não é simples, mas reside em uma combinação de conhecimento técnico, abordagem estratégica e, surpreendentemente, sabedoria filosófica. Pedro também aborda a complexidade dos riscos psicossociais relacionados ao trabalho, destacando a importância de focar no que pode ser controlado, conforme o princípio estoico. O artigo enfatiza a necessidade de uma leitura acurada das leis e normas (NR-1), além da atuação dos profissionais de SESMT. O objetivo é distinguir entre “riscos psicossociais” e “fatores de riscos psicossociais RELACIONADOS AO TRABALHO”, aplicando metodologias e requisitos legais para uma efetiva gestão e mitigação.
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Fatores de Risco Psicossocial relacionado ao Trabalho: Como podemos controlar?
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…Outra coisa, é fatores de riscos psicossociais relacionados ao trabalho. Podemos controlar apenas o que é nosso, que está em nosso poder.
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“Manual de Epicteto”
Riscos Psicossociais Relacionados o Trabalho – Fala-se tanto. Falar-se-á muito mais ainda. Inúmeras são as dúvidas. Grandes são, as incertezas. Questões pouco fáticas, muitas abstratas, outras projetadas ou de pura inferência e dedução.
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O Princípio Estoico: Concentre-se no que pode controlar, aceite o que não pode. Uma coisa é riscos psicossociais. Outra coisa é fatores de riscos psicossociais relacionados ao trabalho reconhecido preliminarmente, identificado, inventariado, categorizado planejado e tratado segundo os requisitos legais da NR 1. PGR é NR 1 (Um)!!!
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O Processo de GESTÃO DE RISCOS OCUPACIONAIS, passa pela necessária e acurada leitura do texto legal. Um monumental exercício pela etimologia, semântica e hermenêutica jurídica.
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Até mesmo os legitimados por Lei (Quadro I NR 4 – SESMT), profissionais especializados integrantes do Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), fazem nestas épocas uma imersão, com muito troca de experiências, tecnologias e conquistas. Afinal, legitimados por lei, são estes os profissionais que as Organizações de todos os portes e/ou segmentos produtivos se orientam e apoiam as suas tomadas de decisões. Em caso muito específicos, legitimados por lei, podem e devem, se necessário, consultar suporte externo em outras especializações. Mas são, eles, definitivamente, os responsáveis pelos programas e ações de controle e mitigação de riscos e Laudos Técnicos cujas atribuições há consagração legal. Não é sobre orientações internas de “conselhos de categoria”; mas sobre legitimidade para SST, segundo a Lei 6.514 de 22.12. 1.977 e a NR 4.
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Não é sobre “riscos psicossociais”, não. Não é sobre clínica de diagnóstico e tratamento de doenças psicossociais, não.
É sobre “fatores de riscos psicossociais RELACIONADOS AO TRABALHO”. Portanto CLT, Portaria 3.214/78, NR1 e sobre o processo do reconhecimento preliminar do Fator de Risco (Perigo) relacionado ao Trabalho. É sobre metodologia e requisitos legais para apurar a efetiva exposição ocupacional a esta grandeza (categorizada pela matriz de riscos escolhidas e justificada pelo avaliador responsável). É sobre o registro do inventário de riscos pela exposição ao perigo, sua categoria e priorização das medidas de controle através do plano de anão, análise de resultados e melhoria contínua. É da rotina de todos os profissionais de SST, legitimados para atuação no campo da SST.
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“Das coisas existentes, algumas são encargos nossos; outras não. São encargos nossos o juízo, o desejo, a repulsa –em suma: tudo quanto seja ação nossa. Não são encargos nossos o corpo, as posses, a reputação, os cargos públicos –em suma: tudo quanto não seja ação nossa. ” Manual de Epicteto [1.2]
Esta passagem é encontrada logo no início do Enchirídion de Epicteto, porque é fundamental para os ensinamentos da Filosofia Estoica. É denominada “dicotomia estoica do controle“, o princípio mais característico do estoicismo. Devemos distinguir cuidadosamente o que é “nosso encargo“, ou seja, algo sob nosso próprio poder, e o que não é. São nosso encargo nossas escolhas voluntárias, a saber, nossas ações e julgamentos, enquanto todo o resto não está sob nosso controle. O artigo “O que são coisas indiferentes no estoicismo de Epicteto e qual a atitude correta diante delas“
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“Tudo aquilo que não é nosso próprio ato”. Essa ideia, proveniente de Epictetus, ressalta a importância de entender o que você pode controlar e o que está fora do seu controle. O que está sob o seu poder é verdadeiramente seu, enquanto o que pertence a outras pessoas é delas. E Você não pode controlar.
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O que é sabedoria estoica? A Sabedoria no Estoicismo
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Na visão estoica, a Sabedoria é o conjunto de virtudes do Sábio, que inclui Moderação, Justiça e Coragem. Além disso, também engloba a compreensão da ordem cósmica, a qual se vincula à ordem moral do autodomínio e da justiça.
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Picteto concentra sua filosofia na imagem do ser humano que progride para a sabedoria, que é, na visão de nosso estoico, o que avança no conhecimento sobre as operações que estão sob nosso encargo e que garantem nossa serenidade, o juízo, o desejo e o impulso, todos subordinados à nossa capacidade de escolha
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O que é prudência e temperança?
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A virtude da TEMPERANÇA envolve qualidades que nos protegem contra excessos. Prudência – significa não correr riscos desnecessários. Como existem riscos inerentes que não podemos evitar, é importante nos atermos a fluxos de trabalho que nos ajudem a minimiza-los.
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Dentro do princípio filosófico do estoicismo, caberá a cada profissional responsável, separar tecnicamente e justificadamente o que de fato é risco psicossocial relacionado ao trabalho do que é apenas e tão somente apenas risco psicossocial.
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Devemos distinguir cuidadosamente o que é “nosso encargo“, ou seja, algo sob nosso próprio poder, e o que não é. Um grande e encantador desafio para os quais, certamente alimentaremos calorosas e apaixonadas discussões e abordagens construtivas, por vezes com auxílio de outras especialidades no que couber, a fim de entregar mais, melhor e para todos com base nos princípios éticos da sabedoria estóica: Insight, bravura, autocontrole/serenidade e justiça.
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Sem tendencias, ou interesses escusos, que possamos com ética e respeito (a leis, regulamentos, ciência, estado da técnica, normas e pessoas) gerar um ambiente laboral saudável, seguro, produtivo e sustentável.
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É meu desejo. O seu também?
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FONTE: https://www.rsdata.com.br/como-combater-os-riscos-psicossociais-no-trabalho/ – Os textos deste post foram compartilhados do site RS DATA cabendo a estes os direitos autorais.
