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O QUE É A OBESIDADE?

A obesidade pode ser definida como doença crônica progressiva e recorrente – caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal – resultante da ingestão excessiva de calorias, que supera o gasto energético do organismo.1 Índices como o IMC (índice de massa corporal), correlacionados com outras medidas antropométricas, são parâmetros utilizados para definir o grau de adiposidade e, desta forma, constituem um meio de classificar indivíduos com sobrepeso e obesidade.2

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A obesidade envolve não apenas fatores referentes à alteração de composição corporal, mas também traz significativas consequências psicossociais.3

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POR QUE FALAR DE OBESIDADE?

A obesidade tem sido considerada uma epidemia global. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), há mais de um bilhão de adultos no mundo com excesso de peso. Destes, pelo menos 300 milhões são obesos.1 Em escala infanto-juvenil, a obesidade tem aumentado dramaticamente em todos os países industrializados.4 No Brasil, 15 milhões de crianças e jovens pesam mais que o ideal.5

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Esse aumento no número de indivíduos com sobrepeso e obesidade – que hoje já supera o número de subnutridos – faz parte do processo denominado transição nutricional, caracterizado por mudanças nos padrões alimentares e no estilo de vida.6 As alterações incluem o deslocamento generalizado da preferência alimentar para produtos com alta densidade energética – como bebidas adoçadas e processados – bem como o aumento do consumo de nutrientes de origem animal. Acrescenta-se ainda a adoção de hábitos mais sedentários, como mais tempo diante da televisão e de computadores e menos uso de bicicletas ou caminhadas.6 É importante ressaltar que a globalização é a grande força impulsora da transição nutricional, na medida em que proporciona a oferta de diversos tipos de alimentos a preços acessíveis.6

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Abordar o tema obesidade é de extrema importância, pois essa doença está relacionada a diversas comorbidades, entre elas: diabetes mellitus tipo II, cardiopatias, hipertensão, acidentes vasculares cerebrais, certos tipos de câncer, problemas respiratórios, musculares e esqueléticos crônicos.1

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QUAL A IMPORTÂNCIA DE SE ABORDAR A OBESIDADE INFANTIL?

A obesidade na infância assume aspecto mais delicado, pois nessa fase da vida (entre 5-7 anos, especificamente) ocorrem picos de hiperplasia do tecido adiposo.7 Quando a criança é superalimentada e torna-se obesa, o que se observa é a elevação excessiva no número de adipócitos que permanecem durante toda a vida, contribuindo para aumentada tendência à obesidade na adolescência e vida adulta.8,9 Essa é uma das grandes razões que justificam a intervenção ainda na infância, de modo a não permitir que essa doença se estabeleça.8

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Além da questão fisiológica, a obesidade na infância relaciona-se à estruturação do aparelho psíquico. Desde o período da amamentação, ao interagir com a criança a mãe transforma-se de fonte provedora de alimento para objeto amado, sendo essa relação alimento-cuidado, organizadora na estruturação e no desenvolvimento físico e psíquico da criança. Quando o alimento é oferecido de forma indiscriminada – a exemplo de pais ansiosos ou superprotetores que não conseguem reconhecer as necessidades do bebê e, ao mínimo sinal de alerta, oferecem comida -, a criança passa a associar qualquer situação de mal-estar à ingestão de alimentos. Dessa forma, o infante passa a reconfortar suas angústias, medos e frustrações num contínuo compensatório alimentar no qual a família como um todo está envolvida.9

OBESIDADE INFANTIL E SAÚDE MENTAL – IMPACTOS PSICOSSOCIAIS

A obesidade infantil pode trazer significativas consequências psicossociais. Crianças e adolescentes obesos deparam-se com o preconceito e a discriminação que se iniciam na tenra infância.3 Existe ainda extensa e crescente literatura sobre crianças obesas como alvo da estigmatização social.10

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Estudos realizados com crianças de diferentes faixas etárias evidenciam as atitudes negativas contra as crianças obesas. Foi verificado que pré-escolares entre três e cinco anos preferem relacionar-se com colegas de peso normal a obesos. As crianças entre quatro e 11 anos associam a obesidade a feiura, egoísmo, preguiça, estupidez, desonestidade, isolamento social.11 Uma outra pesquisa mostra que a maioria das crianças acredita que a obesidade é algo que está sob controle da pessoa, o que reforça a associação da doença com estereótipos negativos.10,12 Ainda no âmbito escolar, observou-se que entre os professores da escola primária associaram em 59% das vezes a obesidade à falta de autocontrole e 57% a problemas psicológicos.13

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Foi também examinado o papel das diferenças culturais no que se refere ao comportamento discriminatório em relação à criança obesa. Em estudo comparando as crianças americanas e japonesas da quinta série escolar, verificou-se que as japonesas se apresentavam mais dispostas a incluir as crianças obesas em grupos de atividades do que as americanas.

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No âmbito familiar, pesquisas avaliaram a influência dos pais quanto à estigmatização que sofrem as crianças obesas. Um dos estudos mostrou que a comunicação entre pais e filhos pode endossar os estereótipos negativos associados à obesidade. Aos pais foram mostradas três fotos de crianças – uma com peso normal, uma obesa e uma com deficiência – e foi pedido que eles contassem uma história a seus filhos sobre cada foto apresentada. Os pais se reportaram à criança obesa como aquela que possui a mais baixa autoestima e atribuíram a ela a mínima chance de sucesso ao fim da história.

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É importante mencionar que os pais de crianças obesas estão diante de um complexo desafio. Primeiro, porque eles devem oferecer suporte e ajudar a proteger a autoestima de seus filhos perante a crescente estigmatização social. Segundo eles precisam auxiliar as crianças quanto à escolha de alimentos saudáveis sem que isso seja entendido como punição.

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Um último aspecto refere-se às atitudes discriminatórias dos profissionais de saúde em relação ao paciente obeso. Apurou-se, em relato de 318 médicos de família pesquisados, que em dois terços deles os seus pacientes obesos apresentavam falta de controle pessoal e 39% associaram obesidade à preguiça.16 Outro estudo feito com enfermeiros investigou as crenças desses profissionais em relação à obesidade e encontrou que 63% deles acreditavam que podia ser prevenida pelo autocontrole. Além disso, 48% dos enfermeiros afirmaram que se sentiam desconfortáveis em atender pacientes obesos e 31% preferiam não cuidar desse tipo de paciente. Faz-se necessário ressaltar que essas atitudes estigmatizantes podem afetar os julgamentos clínicos e, além disso, contribuir para manter o paciente obeso afastado dos cuidados com a saúde.12

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IMPACTOS EMOCIONAIS

Vários são os estudos que relatam os impactos emocionais desenvolvidos por indivíduos obesos, entre eles: angústia, culpa, depressão, baixa autoestima, vergonha, timidez, ansiedade, isolamento e fracasso.

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A autoestima de crianças obesas parece ser inversamente proporcional à idade, quando comparada a crianças de peso normal.17-20 Verifica-se também que a baixa autoestima de crianças obesas se relaciona às expressões de insatisfação dos pais com o peso da criança.21

No que se refere à depressão e à ansiedade, estudos têm relatado níveis crescentes de sintomas depressivos entre crianças com sobrepeso e obesidade, sendo tais observações mais frequentes nas mulheres.

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É interessante salientar os trabalhos em que a ansiedade e a depressão, assim como a culpa, solidão ou frustração, estão associadas a acentuada procura pelo alimento como gratificação ou como forma de compensação e entorpecimento das emoções.9

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DA OBESIDADE INFANTIL A MÉDIO E LONGO PRAZOS?

Os adultos obesos desde a infância apresentam mais dificuldade no convívio social, no relacionamento amoroso e sexual, na vida profissional e nos cuidados com a saúde.

Verificou-se que adolescentes obesas têm menos relacionamentos amorosos e são mais insatisfeitas com eles, quando comparadas às adolescentes eutróficas.24 Registra-se também que as mulheres americanas obesas na adolescência tinham baixa remuneração salarial, altas taxas de pobreza e menos satisfação conjugal comparadas às mulheres magras.25

Trabalhos similares apontam que jovens obesos sofrem maior discriminação no processo de admissão em universidades americanas.26,27

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É interessante relatar os resultados de trabalhos em que mulheres obesas apresentam mais recusa a se submeter a procedimentos médicos que exigem exposição corporal, como exames ginecológicos e de mama.12

CONCLUSÕES

As perspectivas referentes à prevalência da obesidade são pessimistas, tendo em vista que os hábitos alimentares deletérios e a inatividade física têm se consolidado na vida moderna. Esse fato justifica uma intervenção preventiva na infância, de modo a estruturar hábitos mais saudáveis e, assim, evitar tendência à obesidade na vida adulta.

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O caráter multifatorial da obesidade demanda intervenção interdisciplinar no tratamento da doença, o que inclui a participação de médicos, nutricionistas, psicoterapeutas, educadores físicos, enfermeiros.

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As estratégias de atuação terapêutica buscam trabalhar os fatores predisponentes, precipitantes e mantenedores da obesidade, o que permite abordagem integral do sujeito.

Por fim, é importante mencionar que o paciente obeso deve ser conscientizado de que é parte ativa do tratamento e, junto com seus cuidadores, deve se esforçar para garantir a efetividade do mesmo.

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Fonte: http://rmmg.org/artigo/detalhes/374