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CRISE EXIGE SIMPLIFICAÇÃO E MAIS CORAGEM!

O mundo não é e nunca mais será o mesmo. Sim, você já deve estar exausto de ler isso. A quarentena irá criar novos hábitos de consumo e transformar o comportamento humano em muitos aspectos. Ok, já sabemos. Mas o que fazer no curto prazo para garantir a sobrevivência em um cenário tão devastador quanto o de um pós-guerra?Quais estratégias preciso adotar com urgência para vencer a tempestade e recuperar o caixa? Minha oferta ainda continua a fazer sentido ou é melhor buscar rapidamente novos caminhos?

Pensar no mundo pós-Covid para tomar decisões de gestão e governança vem tirando o sono de 11 em cada 10 CEOs com um agravante: ninguém sabe exatamente quanto tempo levará para retomada da atividade econômica e nem mesmo se nos livraremos totalmente do vírus ou se haverá novos picos nos próximos anos, o que nos coloca na corda bamba tendo que optar entre fazer mudanças ontem ou esperar dias melhores.

Em poucas semanas, muitos negócios perderam completamente a razão de existir em uma economia agora cerceada pelo distanciamento social. Na contramão, empresas que já perceberam as oportunidades deste novo mundo poderão ganhar enorme vantagem competitiva ao transformar ou criar modelos desenhados para atender às novas necessidades da agora chamada low touch economy.

Só um ponto está claro: o retorno será lento e com inúmeras restrições, o que, por si só, certamente levará à consolidação de canais virtuais para todos os aspectos da vida, como fazer compras, se divertir, se relacionar, fortalecer a network e, claro, administrar negócios, o que já estamos tendo obrigatoriamente que reinventar no confinamento.

Ainda mais anabolizada pela inovação, a cultura agile passa a ser o novo, talvez o único, alicerce do novo mundo corporativo que está sendo concebido durante a crise. Independente do seu porte ou segmento de atuação, olhar qualquer empresa hoje com as lentes de antes do Covid19 acarretará aumento no grau de miopia incorrendo no perigoso risco de levar à cegueira e até mesmo à morte. Se quiser se manter no jogo neste processo obrigatório e inesperado que já estamos e continuaremos vivendo de constante reinvenção vai aí um conselho: volte a ser um startup.

Por que retornar ao ponto de partida e incorporar em seu DNA a cultura agile irá ajudar a repensar seu negócio no pós-pandemia?

É simples. Um startup:

  • Carrega em seu âmago o espírito incontestável da inovação e da agilidade.
  • É mais leve na gestão e mais flexível, não tem tantos patamares hierárquicos e opera de forma mais integrada, sem paredes.
  • Trabalha com caixa sempre reduzido e mesmo quando recebe investimentos sabe que é importante negociar custos e não queimar capital sem critério, eliminando desperdícios e definindo prioridades.
  • Não tem medo de errar, testa, corrige, valida rapidamente e está sempre com o radar ligado para criar o próximo killer product.
  • Incentiva o compartilhamento do conhecimento e o sentimento de pertencimento, de ser dono do negócio.

Em um cenário de transformações exponenciais ter e praticar esta cultura startup, em outras palavras, é a melhor vacina para não sucumbir ao impacto de uma crise jamais vista, mas que, ao mesmo tempo, pode formar uma tempestade perfeita para acelerar a travessia para novos modelos sustentados pela tecnologia. 

E este é outro quesito que se tornou incontestavelmente mandatório: o emprego de recursos digitais para prototipar modelos capazes de virtualizar negócios em toda cadeia e em todas as áreas. Gerir, divulgar, vender, atender, contratar, negociar, prospectar, entregar, tudo agora passa pelos canais e plataformas digitais.

Se quiser se manter no jogo neste processo obrigatório e inesperado que já estamos e continuaremos vivendo de constante reinvenção vai aí um conselho: volte a ser um startup.

E quem melhor do que um startup para criar, desenvolver, acessar e integrar todas as ferramentas e insumos para estruturar negócios alinhados com as novas demandas do mundo?

O QUE SEU CONSELHO PODE FAZER POR VOCÊ HOJE?

Em tempos de crise os Conselhos ganham notória importância. Esta é a hora de se abrir para novas formas de olhar e interpretar o mundo. Antes de mais nada, tenha a humildade de assumir que este é certamente o maior desafio que já enfrentou em toda sua carreira.

Praticar a escuta é, então, o melhor a fazer para que possa reunir visões diversas e as condições necessárias para analisar e tomar decisões.

Em tempos de crise os Conselhos ganham notória importância. Esta é a hora de se abrir para novas formas de olhar e interpretar o mundo.

Olhe para seu Conselho e para seu time e avalie quais são os profissionais que reúnem as melhores experiências e conhecimento sobre inovação para trazer os melhores insights do que o futuro nos reserva neste agora chamado “novo normal”. Lembre-se que os melhores conselheiros são aqueles que souberem te fazer as perguntas certas; mais do que te dar respostas certas.

Esteja aberto, especialmente, a ouvir também os mais jovens e que têm bagagem no ecossistema de startups e tecnologia. Pergunte a eles qual o melhor proveito que pode fazer dos ativos que já integram seu patrimônio e quais precisará buscar no mercado. 

Avalie quais talentos da sua equipe têm perfil para ser resilientes a grandes mudanças em alta velocidade e se podem ser promovidos para posições de liderança. E não esqueça que o trabalho remoto tende a ser incorporado por parte considerável do seu time, o que exigirá reforçar estruturas de gestão adequadas à nova cultura organizacional.

O ponto é que nada pode atrapalhar o “fazer acontecer”. O Conselho é seu melhor amigo e só terá serventia se tiver a coragem de colocar suas recomendações em prática. Não esqueça que, do outro lado, o tempo é seu maior inimigo. Ser negacionista é o pior caminho a escolher. Não resta alternativa que não seja abrir corações e mentes para um futuro que forçadamente bateu à porta sem pedir licença.

O anseio das empresas por transformação era alimentado até aqui pela chegada de novos players que as tiravam de suas zonas de conforto. Quando um startup nascia nas garagens com um modelo disruptivo havia dois caminhos: acompanhar as novas tendências criando um time interno de inovação ou partir para aquisições. Com a inesperada e rápida contaminação da economia pelo coronavírus, agora virar a mesa e inovar será a única saída.

Se você está com medo, ótimo. O medo irá impulsionar sua vocação de liderança e será um combustível para transformação do seu negócio. Use o medo a seu favor e aproveite a boa notícia: na sua frente está uma tela em branco que poderá começar a pintar tendo o novo mundo como pano de fundo. 

E se o medo vem acompanhado da angústia, lembre-se da máxima de que nada é para sempre. Aproveite o melhor do legado que já construiu, desapegue dos dias passados e, sem qualquer receio, volte a ser um startup.

Faça desta crise a oportunidade para mostrar a todos, clientes, colaboradores, investidores, acionistas, concorrentes e a você mesmo, que não há nada, nem mesmo o Covid, que possa te derrubar. Não espere que o futuro te dê respostas porque ele já chegou, queira você ou não. Como eternizou o pensador Alan Kay, frase também atribuída a Peter Drucker, “a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”.

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