Você já deve ter se deparado com a cena clássica em que uma fumaça é lançada constantemente no céu pelas chaminés de uma grande indústria. Esses gases são os principais responsáveis, junto com resíduos líquidos vindos da atividade industrial e doméstica, pela poluição do ar.
O tratamento de efluentes industriais exige uma série de cuidados e especificações, pois uma mesma indústria pode emitir diferentes tipos de gases e líquidos na atmosfera.
Legislação sobre o tratamento de efluentes industriais
Para reduzir os efeitos dos efluentes industriais há um controle governamental sobre a poluição ambiental. O monitoramento é feito por meio de leis e normas que agem sobre a reutilização, a potabilidade, o tratamento dos efluentes industriais e a venda de material reciclado, entre outros. A regulamentação é feita pelos governos federal, estadual e municipal.
Normas que regulamentam tratamento de efluentes industriais
Tudo o que se refere aos sistemas de tratamento dos efluentes industriais e seus padrões complementares, além do reúso dos resíduos sólidos, está na NBR 13.969/97 da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT).
A norma se ocupa do descarte final dos rejeitos e oferece opções de técnicas que promovem um tratamento com mais eficiência e disposição adequada. Aponta ainda os prováveis níveis de retirada dos poluentes, além dos sistemas de tratamento que devem ser atendidos.
Outra é a NBR 7.229/93 – Versão corrigida 1997, da ABNT, que cuida especificamente dos detalhes do projeto do tanque séptico. Como a composição dos efluentes é diversificada, é importante ter a certeza de que os reservatórios tenham resistência a elementos corrosivos.
E a mais recente trata das condições, parâmetros, padrões e diretrizes da gestão do lançamento de efluentes em águas receptoras. Chamada de Resolução nº 430 do CONAMA, complementa a Resolução nº 357.
A norma define que todos os efluentes poluidores poderão ser jogados diretamente na água depois de tratados. Isso, se obedecerem às condições, exigências e padrões determinados.
Agora que você conhece as normas que regem o tratamento dos efluentes industriais, vamos conhecer os seus impactos e o que fazer para amenizar os efeitos prejudiciais.
Principais efeitos do não tratamento de efluentes industriais
As organizações sabem que é preciso tratar seus efluentes para minimizar o impacto a saúde ambiental e adequar às normas. Um dos pontos mais frágeis do não tratamento é o seu efeito sobre a qualidade de vida das pessoas e do ambiente.
1. Poluição das águas
Lançar os efluentes industriais e esgotos sanitários em águas gera uma série de desequilíbrios à vida aquática. Entre os efeitos está a falta de oxigênio na decomposição, que pode causar a morte de peixes, no caso do lançamento do esgoto doméstico sem tratamento.
Outro problema é a grande concentração de fósforo e nitrogênio que surge com esses despejos, provocando a proliferação de algas e o desequilíbrio do meio.
A poluição térmica causada pelas águas dos sistemas de refrigeração faz a temperatura da água aumentar e, por consequência, reduzir o oxigênio. Os poluentes químicos dos metais e agrotóxicos também prejudicam as plantas aquáticas e os animais.
2. Doenças são transmitidas pelas águas contaminadas
Quando jogados no ambiente sem nenhum tratamento, os efluentes líquidos e industriais impactam de forma grave a saúde pública. Aparecem doenças como hepatites, meningite e disenteria, além de tumores, rinites, dermatoses e mudanças neurológicas devido aos metais pesados presentes nos efluentes industriais.
3. Efluentes gasosos e os danos sobre o ar
A poluição atmosférica originada da emissão de gases industriais provoca os fenômenos da chuva ácida, do efeito estufa e destrói a camada de ozônio.
Entre as doenças que podem ocorrer estão as pulmonares crônicas, como asma e enfisema, e até o câncer de pulmão.
Portanto, a poluição ambiental afeta a todos pela concentração de substâncias nocivas à saúde e ao ambiente.
A necessidade e obrigatoriedade do tratamento dos efluentes industriais parte da adequação às normas e à legislação e do compromisso ambiental.
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