Atualmente, vivenciamos uma nova realidade na sociedade e nas empresas. As pessoas estão cada vez mais conectadas, mais participativas e buscam ter voz ativa nos assuntos e situações que fazem parte de sua vida. Nas empresas, os trabalhadores têm sido cada vez mais propositivos, apresentando ideias de projetos, sugestões ou soluções inovadoras.
Essa mudança social e de postura dos trabalhadores faz com que as empresas também precisem se transformar, mudando seu estilo de gestão e passando de um modelo verticalizado de tomada de decisão para um modelo onde as pessoas possam ser ouvidas e participar da elaboração das estratégias da organização.
Nesse aspecto, o empowerment ganha força nas empresas e reorganiza a forma como as decisões são tomadas. Ao invés, do poder em tomar decisões ficar na mão de uma só pessoa, a empresa passa a adotar um modelo de gestão descentralizado, em que os colaboradores são empoderados, capacitados e tenham autonomia para tomar decisões e gerenciar suas tarefas e responsabilidades.
O termo empowerment pode ser traduzido como empoderamento e definido como o ato de atribuir poderes a alguém. Nas empresas podemos dizer que com o empowerment há uma transferência do poder de decisão da diretoria ou dos gestores, para os funcionários e as equipes.
Essa estratégia de gestão voltada para empowerment começou a surgir na década de 1990 e traz benefícios para as empresas, pois torna as organizações mais ágeis e aumenta seu poder de inovação. Esse modelo também permite que os colaboradores se mantenham mais engajados e percebam de forma mais clara sua importância para o crescimento da organização.
A implementação do empowerment nas empresas demanda que as lideranças instruam e capacitem seus funcionários para que estes possam desenvolver maturidade profissional e cresçam em consonância com a empresa. Além disso, para uma implementação eficiente, o modelo de empowerment deve ter por base alguns pilares. São eles:
Autonomia
O primeiro passo para empoderar os colaboradores é garantir que eles tenham autonomia para realizar o seu trabalho. Isso pode ser feito com a supervisão do líder, poderem ao invés deste ter que avaliar e aprovar cada etapa da execução de um projeto, o líder passa a avaliar apenas os resultados dos projetos, orientando e direcionando as modificações necessárias. Porém, para que as pessoas possam exercer melhor a autonomia é necessária que elas conheçam a cultura da organização e sejam guiadas pela visão, missão e valores da empresa. A autonomia gera nas pessoas dentro da organização uma maior confiança e estimula o desenvolvimento profissional;
Compartilhamento de informações
Compartilhar com todos as informações sobre a empresa, o negócio e as metas organizacionais é importante para que cada funcionário entenda seu papel e tenha um direcionamento claro para onde seu trabalho deve caminhar. A comunicação clara, transparente e adaptada as necessidades de cada equipe facilitam o processo de entendimento e apropriação das metas e objetivos da organização pelas pessoas;
Gestão horizontal
Para, de fato, implementar o empowerment, é necessário que os líderes modifiquem sua forma de atuação. Para isso, as empresas precisam sair de uma gestão vertical, com hierarquia rígida e excesso de burocracia, para uma gestão horizontal, com menos gestores e mais autonomia e agilidade nos processos. Assim, é possível adotar uma postura mais flexível e criar uma cultura empresarial que valorize as pessoas, incentive a proatividade, a participação e que não seja punitiva;
Desburocratização dos processos
A burocracia faz com que os processos dentro da organização se tornem lentos e rígidos. Assim, para implementar o empowerment é necessário rever algumas práticas e procedimentos, delegando mais poder de decisão para as equipes e facilitando a implementação de ideias;
Desenvolvimento dos colaboradores
O desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores é extremamente importante para que a implementação do empowerment tenha sucesso, pois os funcionários precisam estar capacitados para usar a autonomia, saber agir diante dos desafios e tomar decisões. Treinamentos, capacitações, compartilhamentos de experiências e novas técnicas, avaliações periódicas do desempenho da equipe, feedback e incentivo ao desenvolvimento de aspectos de liderança em cada profissional da equipe, são ações que contribuem para empoderar os colaboradores.
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