ISOLAMENTO E EXPLOSÃO DE “COMO AJUDAR” SINALIZAM INDIVIDUALISMO EM CRISE.
Digite “como ajudar” no buscador do Google e repare na quantidade de resultados que ele vai te dar. Aqui, no momento em que este texto é escrito, foram aproximadamente 250 milhões de respostas. Já a pergunta também traz números grandiosos. Segundo a empresa, desde que a ferramenta de monitoramento de tendências foi lançada em 2004, nunca se pesquisou tanto sobre o termo como neste início de abril.
A pandemia de Covid-19 é evidentemente a principal causa da procura do brasileiro. Entre os cinco assuntos relacionados a “como ajudar”, todos têm ligação direta com a doença. “Como ajudar no coronavírus?” É a primeira da lista, seguida por buscas semelhantes como “como ajudar no combate ao coronavírus?” Ou “como ajudar na crise do coronavírus? ”
Tem brasileiro querendo ajudar até na solução da doença — “como ajudar na cura do coronavírus?” Aparece como quinta pesquisa mais acessada. A empresa diz que o interesse é recorde em todo o mundo, e aumentou conforme foram surgindo campanhas de arrecadações para ajudar a população a enfrentar a crise causada pela pandemia.
A psicóloga social Letícia Campos interpreta o aumento nas buscas como vontade de se sentir útil e solidariedade. O primeiro fator está ligado ao período em que o brasileiro que pode ficar em casa tem passado. “Existe uma sensação de inércia, de inutilidade, que vai nos invadindo quanto mais ficamos parados. E isso nos obriga a refletir sobre nós mesmos e o que a gente pode fazer para modificar o cenário. É uma tentativa de ser mais ativo em um espaço de isolamento. De querer resolver as coisas, fazer algo para contribuir”, diz.
Marcelo Veras, psicanalista que estuda o comportamento humano em redes sociais, diz que é preciso entender como a internet dá abertura para que aumente o sentimento de impotência em quem acompanha o noticiário ao redor do mundo. Para ele, é isso que faz a empatia humana ser mais centrada em tentar resolver questões no macro, em vez de pensar em soluções construídas em rede e de forma mais local.
Aos poucos, porém, com a tomada de consciência de que não dá para salvar todo o mundo com um clique, as pessoas tendem a subverter. O reflexo disso é justamente a procura por ações mais práticas. Tanto é que, dentre as pesquisas campeãs, é possível observar duas ações relativamente simples. “Como doar sangue” e “como doar cesta básica” configuram o primeiro e segundo lugar nas buscas relacionadas ao tema “ajuda” na última semana.
“Esse aumento por ‘como ajudar’ vem em um sentido de que não podemos fazer muito para ajudar a salvar o mundo, mas se a gente já consegue salvar aquela manicure que perdeu o emprego, aquela pessoa que precisa de algo para comer… Já conta. Está começando a aparecer uma percepção de que esse micro é uma experiência global”, diz o psicanalista.
Esse momento que vivemos é único. É um momento que vivemos algo parecido com as pestes medievais, mas em tempos de hiperconectividade, de redes sociais. Exatamente por um excesso de mídia, nós temos uma dimensão muito grande do problema mundial. E quanto a isso não podemos fazer nada, o que nos torna extremamente impotente. E isso quebra a noção que podemos fazer qualquer coisa com o clicar dos dedos.
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Fonte: https://www.uol.com.br/