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 Meu filho, achei que com o andar dos anos ia passar a ter mais entendimento sobre o meu trabalho e ficar mais tranquilo, mas apesar de isso ser verdade em alguns pontos, para outros não tem relação nenhuma com a realidade.

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Professor, não estou entendendo nada. Qual o seu problema?

– Como você sabe, tenho formação na área de Engenharia, sou engenheiro civil, e lógico que o normal é ter uma visão mais racionalista do mundo, porém, ultimamente, estou tendo mais dúvidas que certezas.

Hoje está difícil, professor. Tá muito filosófico. Seja um pouco, pelo menos um pouco, mais objetivo. Lembre-se da Engenharia.

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– Não sei se vou conseguir, mas vou tentar. Estava pensando na nova NR 01 e na objetividade que muitos estão interpretando para o inventário de riscos. Considerando que temos como identificar e avaliar os principais problemas e ir atualizando aquelas atividades com mudanças mais frequentes de perigos no seu processo.

Mas não é isso não?

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– Sim e Não!

Agora complicou. Como assim?

– O problema é como muitos estão visualizando os processos. Como você disse que eu estava filosófico, vou citar uma passagem de Nietzsche da obra “Crepúsculos dos Ídolos” que talvez ajude a entender.

Acho que vai é piorar, mas prossiga.

– Segundo o filósofo:

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Trazer algo desconhecido a algo conhecido alivia, tranquiliza, satisfaz. Com o desconhecido há o perigo, o desassossego, a preocupação — nosso primeiro instinto é eliminar esses estados penosos.

– Relacionando com o nosso inventário de riscos, posso afirmar que nem sempre todas as informações serão conhecidas e isso incomoda. Mas o autor continua:

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A primeira ideia mediante a qual o desconhecido se declara conhecido faz tão bem que é “tida por verdadeira”. O “por quê” deve, se possível, fornecer não tanto a causa por si mesma, mas antes uma espécie de causa — uma causa tranquilizadora, liberadora, que produza alívio. O fato de ser estabelecido como causa algo já conhecido, vivenciado, inscrito na recordação é a primeira consequência desta necessidade.

– Ou seja, em sistemas complexos não é tão simples identificar o que gostamos de chamar de causa raiz, mas assim que temos “alguma causa”, isso acaba nos satisfazendo e talvez para muitos será a escolha ideal para uma versão confortável. Nietzsche, complementa afirmando:

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O novo, o não-vivenciado, o estranho é excluído como causa. — Portanto, não se busca apenas um tipo de explicação como causa, mas um tipo seleto e privilegiado de explicações, aquelas com que foi eliminado da maneira mais rápida e mais frequente o sentimento do estranho, novo, não-vivenciado — as explicações mais habituais.

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– Como queremos “resolver” a demanda, decidimos pelo mais fácil, mais rápido e mais confortável. As análises focam no procedimento, na regra, no que se espera ser o normal, o que não significa que seja o que está ocorrendo ou necessariamente o foco do problema, e o filósofo conclui:

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Consequência: um tipo de colocação de causas prepondera cada vez mais, concentra-se em forma de sistema e enfim aparece como dominante, isto é, simplesmente excluindo outras causas e explicações. — O banqueiro pensa de imediato no “negócio”, o cristão, no “pecado”, a garota, em seu amor.

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– Somos treinados a acreditar em sistemas fechados, previsíveis e com isso limitamos as alternativas, esquecendo de toda a complexidade da organização e dos trabalhadores, acabamos direcionando as “causas” de acordo com os nossos vieses, da nossa visão de mundo. Sei que viajei um pouco, mas espero que você tenha entendido a minha preocupação, ou seja, um inventário de riscos, sem considerar os trabalhadores e o natural dinamismo dos processos e dos trabalhadores, será apenas mais um papel para ser apresentado nas fiscalizações.

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Fonte: https://protecao.com.br/blogs/fui-ler-nietzsche-e-fiquei-preocupado-com-o-pgr/