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“Aquele que não reconhece o Perigo, não mensura o risco; quem não mede, não gerencia”. Ipso facto (pelo mesmo fato), a sonhada maturidade em Segurança e Saúde Ocupacional, infelizmente no Brasil, ainda parece utópica.

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A ausência de formação básica curricular de qualidade aliada a cultura do imediatismo de um povo em “normose coletiva”, autofágico vulnerabiliza a ação assertiva quando o assunto é a proteção à vida, prevenção de acidentes ou doenças ocupacionais. Desabituados à gestão, planejamento e o gerenciamento de riscos ocupacionais carecem, inclusive os profissionais “ditos” especializados na temática, de habilidades e competências necessárias à obtenção de resultados. Os elevados padrões de qualidade para a Gestão e o Gerenciamento de riscos ocupacionais, passam distantes das práticas & técnicas aplicadas na atividade laboral.

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Tradicionalmente as bases técnicas do processo evolutivo normativo deixam de respeitar o estado da arte do conhecimento/domínio científico. São vistas como entrave ao desenvolvimento, pasmem, custo Brasil. Segundo o modelo dominante, as análises de impacto regulatório desconsideram a necessidade de atender e priorizar o bem a tutelar: a saúde e a integridade das pessoas no ambiente produtivo, não apenas supostos custos diretos aos empregadores, como se estes últimos fossem as vítimas do processo e não aquele que no front está exposto e perde a saúde, a integridade física e a própria vida pelo exercício do trabalho.

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Nesta “normose” coletiva, largado à própria sorte, porteira aberta a boiada passa. Se não entender e atender suas próprias necessidades e expectativas dos envolvidos, o processo produtivo Brasileiro deixa de ser competitivo. Perde espaço, valor e importância no alinhado mercado internacional das boas práticas de gestão e gerenciamento de riscos ocupacionais.

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Um exemplo típico que corrobora esta verdadeira dimensão é a vivência experimentada pelo coletivo em plena “razia” da pandemia SARS-Cov-2. Ondas que se repetem em ciclos cada vez menores e mais avassaladoras. Ceifando de forma previsível, irreparáveis e imensuráveis milhares de vidas humanas. A dor e os danos pessoais, familiares e econômicos à toda a sociedade só poderão serem corretamente mensurados num futuro adiante.

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Aturdidos pelo sofrimento compartilhado, acuado, em estado de normose, sem consciência e responsabilidade coletiva, nos tornamos reféns da própria ignorância. É possível fazer diferente. A própria pandemia já nos mostrou caminhos suficientes e trilhados com relativo êxito pelas sociedades, mas avançadas. Por aqui, atrapalhados, lideranças e governantes ególatras insistem no descaminho, na negação, na politização da peste enquanto o sofrimento, o medo e a insegurança, permeia a multidão.

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“Sem a sobrevivência biológica, ou seja, sem a vida humana, não existe dignidade, saúde, personalidade, trabalho, consumidores, empreendimentos econômicos ou busca pelo sustento próprio ou de quaisquer dependentes”. “A não ser que o mundo da terra plana consiga demonstrar que existam outros tipos de sobrevivência diversas da biológica.” Obviamente que o grave e intolerável desprezo pela vida humana e o que ela representa de mais valia – saúde e segurança/proteção, já resta demonstrado ser ela fruto do desvio mental e de caráter daquele que atenta contra ela.

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A economia só será salva com proteção e saúde de quem produz e consome. É fático que o atendimento das necessidades básicas do ser humano como saúde e segurança é a única saída para o retorno ao novo normal. Aprender as lições e responder aos desafios deixados pelo acidente e pela doença é o caminho.  Não se pode mais ignorar os fatos e a aprendizagem ofertada pela experiência vivida. Que a morte de milhares de Brasileiros não seja em vão. Este sofrimento, esta dor tão latentes acompanhada de inegável prejuízo econômico a perdurar por muitos anos, nos deixam marcas indeléveis.

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Que o homem aprenda definitivamente que negar a ciência, os fatos, os dados e as evidências objetivas não assegura qualquer vantagem coletiva. Que a proteção, a prevenção e a resposta à emergência deve ser firme, forte e verdadeira. Só então, será possível assegurar a evolução com benefícios para todos enquanto nação civilizada.

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Esta aversão à prevenção (ação de pré ver), sempre relegada a um plano inferior imperiosamente precisa ser repensada. Antecipar-se ao problema, reduzindo-se custos de produção traz reflexos positivos para toda a cadeia produtiva. Uma patologia que tem cura, cuja profilaxia é de domínio dos profissionais legalmente habilitados em SSO e que podem transformar o país a partir da SSO como um valor intrínseco de negócio. Uma verdadeira revolução – numa quarta onda, onde o trabalhador é o agente e paciente de transformações ativamente participe desta construção e amadurecimento.

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Reconhecer o perigo, ou seja, capacidade de admitir a existência da probabilidade / severidade de um evento danoso, nos permite antecipação de danos atendendo a necessidade do indivíduo trabalhador (saúde, proteção, prevenção de acidentes) reduzindo perdas e maximizando resultados para os investidores com reflexos positivos para todos os envolvidos.

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Fonte: https://rsdata.com.br/maturidade-em-seguranca-e-saude-ocupacional-e-a-autofagia/