Como gestor de segurança, já fiz comemorações e entrega de brindes quando recordes de dias sem acidentes com afastamento aconteciam. Da mesma forma, já fui fortemente questionado e negativamente avaliado em situações em que os recordes foram interrompidos por acidentes graves, assim como aconteceu com os líderes da área em que o evento aconteceu.
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Não quero vender a ideia de que comemorar anos sem acidente com afastamento seja ruim, porque não é! É bom, as pessoas se sentem bem, reconhecidas e é um momento de alívio, pois esses marcadores de tempo significam esforços que, equivocados ou não, resultaram em dias sem pessoas lesionadas no trabalho. Não deixa de ser, portanto, uma celebração da vida igual à comemoração de aniversários.
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O paradigma que se tornou a comemoração dos anos sem acidentes e que vem se tornado alvo de impulsionadores e entusiastas de Novas Visões de Segurança e defensores, como eu, de um foco maior em esforços proativos e preventivos, pode ser resumido em duas questões principais.
Primeiro paradigma está no fato de que a jornada até a comemoração de anos sem acidentes pode estar ancorada, somente ou majoritariamente, na probabilidade. Isso quer dizer que, mesmo sem um sistema de gestão de segurança implementado e sem uma liderança engajada, é possível que a probabilidade atue a seu favor e possibilite dias sem acidentes com afastamento. Sim, isso é possível e eu já vi acontecer e vivenciei algumas vezes. Trata-se, simplesmente, de probabilidade.
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Segundo paradigma está no estigma negativo de responsabilidade e/ou culpa que recai sobre a vítima, gestor e equipe de segurança. É um dos efeitos da culpabilização nas investigações de acidentes em organizações com uma cultura de segurança imatura.
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Talvez, criticar a comemoração dos dias sem acidente com afastamento seja uma forma de matar o mensageiro ao invés de criticar a mensagem e aquele que enviou a mensagem. Tudo o que a placa de dias sem acidente representa está ligado a uma questão complexa sobre a cultura de segurança e o engajamento dos líderes. Logo, uma solução simples de remover ou bombardear a placa de críticas é inócuo.
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Manter a placa de dias sem acidente com afastamento vai prejudicar ou impedir o avanço da cultura de segurança? Remover a placa terá algum efeito positivo na cultura de segurança? Se manter ou remover a placa não terá efeito sobre a cultura de segurança e o compromisso dos líderes, qual a razão de nos preocuparmos com isso?
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Seria muito mais interessante se mantivéssemos as comemorações de recordes de acidentes ao mesmo tempo em que fazemos um pacto para não culpar vítima, gestor e equipe de segurança no caso de zerar a contagem da placa. Afinal, o mal estar que ela pode causar está relacionado aos sintomas de uma cultura de segurança imatura e de uma liderança pouco comprometida.
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A placa não é causa, mas um sintoma de um problema mais complexo. E nós sabemos que precisamos entender as causas e tratá-las, ao invés de investir recursos e esforços nos sintomas.
Não seria melhor manter as comemorações de dias sem acidente com afastamento ao mesmo tempo em que assumimos que cada acidente é uma oportunidade de aprendizado e que zerar o placar de contagem dos dias é uma forma de recomeçar?
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E se além de comemorarmos os dias sem acidentes com afastamento, aprendermos a reconhecer e comemorar cada passo da jornada da gestão de segurança? Reconhecer quem faz segurança, quem faz o DDS, a APR, a PT, o bloqueio etc.
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Como profissionais que suportam a evolução da cultura de segurança e facilitadores do aprendizado dos líderes e suas equipes, deveríamos entender que a placa de dias sem acidente não nos pertence, portanto, não nos cabe criticá-la. Deveríamos dedicar nosso tempo e recursos naquilo que somos bons: educar, conscientizar, treinar e agir na direção da prevenção.
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A decisão de manter ou retirar a placa de dias sem acidente deve acontecer no momento em que a liderança, verdadeiros donos dessa placa, entender seu significado. Sabendo disso, será que não devemos ressignificar a placa de dias sem acidente com afastamento? Será que essa placa é o problema? Qual sua opinião?
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