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Plástico: precisamos reavaliar como afeta o meio ambiente!

1. O plástico pode levar mais de 400 anos para se decompor.

Como boa parte do lixo produzido pelas pessoas demora muito para se decompor e não é destinado para reciclagem, o mundo vive hoje a falta de espaço em aterros sanitários.

Com isso, proliferam-se os lixões a céu aberto, contaminando a água dos rios e lençóis freáticos, o que compromete a nossa saúde.

Um levantamento da Abrelpe (Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública) realizado em 2017 mostra que o Brasil possui quase 3 mil lixões ou aterros irregulares — o que impacta a qualidade de vida de 77 milhões de brasileiros.

Em algumas regiões, a situação é alarmante. No Estado de Alagoas, por exemplo, 95% do lixo produzido pela população é abandonado em áreas inadequadas.

O plástico no meio ambiente também pode dificultar a decomposição de outros resíduos, reforçando ainda mais a superlotação dos aterros sanitários.

 2. Até 2050, haverá mais plástico nos oceanos do que peixes.

 A superlotação de aterros também produz outro fenômeno: o “depósito” de lixo no mar. Aproximadamente 8 milhões de toneladas de plástico são descartados em nossos oceanos anualmente, desequilibrando o ecossistema marinho de várias formas, como:

O plástico degrada-se em partículas menores, que são ingeridas por peixes e outros animais e aves marinhas. Sem capacidade de digestão, eles morrem de forma lenta e dolorosa.

Em grande quantidade no mar, o plástico impede a penetração de oxigênio nos sedimentos, comprometendo também o ciclo bioquímico da flora marinha.

3. O plástico é responsável pela morte de 100 mil animais marinhos a cada ano.

O fenômeno é realmente preocupante: a morte por ingestão de plástico compromete o ciclo reprodutivo das espécies marinhas e estima-se que pelo menos 15% delas hoje estejam em extinção.

Só no caso das tartarugas marinhas, cinco das sete espécies catalogadas correm o risco de sumir dos oceanos, de acordo com levantamento da IUCN (União Internacional de Conservação da Natureza).

As aves marinhas, como pelicanos e albatrozes, também são vítimas desse fenômeno: até 2050, pelo menos 99% delas terão ingerido plástico.

4. 91% do plástico utilizado no mundo não é reciclado.

A produção em larga escala dos materiais sintéticos à base de plástico começou por volta dos anos 50.

Desde então, estima-se que em 65 anos o mundo produziu 8,3 bilhões de toneladas de plástico, mas só reciclou 9% desse total.

Mesmo com todos os problemas já identificados, o ritmo de produção e descarte não diminui: até 2050, existirão pelo menos mais 12 mil milhões de toneladas de plástico no meio ambiente.

Para mudar esse panorama, muitos hábitos diários precisam ser repensados — já que alguns dados sobre o nosso perfil de consumo são igualmente chocantes.

5. No mundo, 1 milhão de garrafas de plástico são compradas a cada minuto.

Infelizmente, o ritmo de reciclagem não acompanha a produção: apenas metade das garrafas plásticas compradas em 2016 foi coletada para reciclagem. Somente 7% delas foram convertidas em novas unidades, segundo dados do jornal inglês The Guardian.

6.Todos os anos são usadas até 500 bilhões de sacolas plásticas descartáveis.

Você costuma usar sacolas plásticas no supermercado? Pois é. As sacolas plásticas são bastante úteis e até parecem inofensivas, mas causam um grande estrago no meio ambiente.

Elas levam pelo menos 200 anos para se degradar, além trazerem diversos transtornos, como:

  • Entopem passagens de água nos córregos e bueiros, contribuindo para a retenção de lixo e enchentes em épocas de chuva.
  • São frequentemente ingeridas por aves marinhas, provocando a morte delas.
  • Como o plástico das sacolas é feito com polietileno, substância originada do petróleo, sua decomposição libera gás carbônico e polui o ambiente, além de contribuir com o efeito estufa.

Afinal, como reduzir o descarte de plástico no meio ambiente?

Todo esse panorama mostra uma demanda muito urgente: como o ritmo de reciclagem não acompanha a produção, não basta separar o lixo — é importante reduzir o consumo de forma drástica.

Confira algumas mudanças de hábito que você pode adotar para fazer a sua parte!

No supermercado 

  • Lembre-se sempre de levar ecobags ou sacolas de feira para evitar a utilização das sacolas plásticas.
  • Se estiver de carro, também vale pedir caixas de papelão para colocar suas compras.
  • Prefira comprar produtos com embalagens biodegradáveis, que seguem um processo de decomposição natural no meio ambiente. Já existem opções com matéria-prima orgânica, como bagaço de cana-de-açúcar, fécula de mandioca, fibra de coco, etc.
  • Adote garrafas retornáveis para produzir menos lixo.
  • Evite os sacos plásticos e embalagens de isopor na compra de frutas, verduras e legumes.
  • Tente levar saquinhos de pano para as compras de itens a granel.
  • Prefira sempre embalagens de vidro e caixas em vez de garrafas de plástico.

 Em bares e restaurantes

  • Dispense totalmente os canudos de plástico.
  • Valorize estabelecimentos que seguem boas práticas de preservação ambiental.
  • Prefira pedir bebidas em garrafas de vidro.

 Em casa

  • Tente reutilizar embalagens de plástico, como potes de sorvete e manteiga, por exemplo, em vez de comprar novos recipientes.
  • Lave as embalagens de plástico que vão para o lixo e separe para a devida coleta de material reciclável.
  • Dê o exemplo e estimule os outros membros da sua família a adotarem a mudança de hábitos também.
  • Substitua itens de higiene pessoal, como fraldas descartáveis e absorventes por versões mais ecológicas, como fraldas de pano e coletores menstruais.
  • Faça um mapeamento de hábitos e invista em pequenas mudanças: o sabonete líquido, por exemplo, pode ser substituído pelo sólido para evitar uma considerável produção de lixo.
  • Evite o uso de descartáveis, como copos, talheres e pratinhos.

 No trabalho

  • Tenha sua própria caneca para bebidas como água e café, evitando o uso de copos descartáveis.
  • Promova o consumo consciente. Estimule seus colegas a fazerem o mesmo.

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Fonte: https://www.blogsenacsp.com.br