Ambientes “barulhentos” são comuns em nosso cotidiano, principalmente nas grandes cidades, a poluição sonora causada pelo trânsito, construções, fluxo de pedestres, etc, pode parecer algo inofensivo, no entanto não é tão inofensivo assim.
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Segundo dados da OMS cerca de 10% da população do mundo está constantemente exposta a níveis de poluição sonora que podem provocar problemas na saúde dos ouvidos, inclusive perda de audição.
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Além de ser algo encontrado nos grandes centros urbanos, a poluição sonora é algo bastante comum também em ambientes de trabalho e prejudica a saúde de muitos trabalhadores anualmente, por isso trouxemos este assunto, confira a seguir.
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O que é poluição sonora?
A poluição sonora ocorre quando, em um determinado ambiente, o som altera a condição normal da audição, os sons emitidos possuem suas características: volume, intensidade e intermitência, além de outras, quando essas características passam certos limites, o som pode ser nocivo, se tornando assim uma poluição sonora.
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Logo, um som se transforma em poluição quando afeta o sossego e o bem-estar trazendo dano para aqueles que estejam no ambiente, tanto pelo volume quanto pela persistência.
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Quais são as suas consequências?
Na verdade, o problema de poluição sonora vai além da saúde ocupacional. Seus efeitos podem afetar a saúde física e mental das pessoas. E não é apenas a intensidade do som que causa danos à audição, mas a sua persistência também, até mesmo em baixos volumes, incomodando e estressando.
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Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a poluição sonora de 50 dB já prejudica a comunicação e, a partir de 55 dB, pode causar estresse e outros efeitos negativos. Ao alcançar 75 dB, a poluição sonora apresenta risco de perda auditiva se o indivíduo for exposto a ela por períodos de até oito horas diárias.
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Alguns efeitos negativos da poluição sonora para os seres humanos são:
- Estresse;
- Depressão;
- Insônia;
- Agressividade;
- Perda de atenção;
- Perda de memória;
- Dor de cabeça;
- Cansaço;
- Gastrite;
- Queda de rendimento no trabalho;
- Zumbido;
- Perda de audição temporária ou permanente;
- Surdez.
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Suas causas
As principais causas são bem comuns, pois geralmente é uma combinação de ruídos produzidos de diversas formas que acaba se tornando a poluição em si, as causas mais comuns são:
- Trânsito;
- Canteiros de obras;
- Obras em vias públicas;
- Eletrodomésticos;
- Máquinas industriais;
- Estabelecimentos movimentados;
- Tráfego aéreo.
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Poluição sonora no ambiente de trabalho
Dentre os diversos riscos ocupacionais, a poluição sonora é um dos mais facilmente encontrados em ambientes de trabalho, pois além dos próprios instrumentos de trabalho que causam ruídos, os ambientes muitas vezes ficam localizados em grandes áreas industriais ou urbanas, locais com ainda mais ruídos.
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A exposição constante e desamparada dos trabalhadores aos ruídos, pode levar a dores de cabeça, fadiga, estresse, zumbidos e também a uma queda de produtividade, pois trabalhadores tendem a ser menos produtivos em ambientes barulhentos.
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Para o caso dos ambientes de trabalho, o Anexo I da NR 15 define limites para o caso de ruídos contínuos ou intermitentes e o Anexo II define para os ruídos de impacto.
Dados que podem ser usados como referência são:
- 50 dB — a maioria considera como um ambiente silencioso;
- 55 dB — o máximo aceitável para ambientes que requerem silêncio;
- 60 dB — aceitável em ambientes de trabalho durante o dia;
- 65 dB — limite máximo aceitável para ambientes ruidosos;
- 70 dB — não é recomendado para escritórios, pois dificulta a comunicação oral;
- 75 dB — é necessário falar mais alto;
- 80 dB — a conversa se torna muito difícil;
- 85 dB — limite máximo tolerável para a jornada de trabalho de 8 horas diárias.
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Como lidar com a poluição sonora no ambiente de trabalho?
Conforme dito acima, a NR 15 delimita os limites de tolerância dos trabalhadores aos níveis de pressão sonora, sendo 85 dB o limite máximo, o primeiro passo a ser dado para lidar com a poluição no ambiente é medi-la, para ver em qual nível a poluição está e definir as medidas de prevenção necessárias.
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A medição deve ser feita com um dosímetro, geralmente durante uma auditoria de segurança, de maneira individual, passando de setor por setor e conferindo a quais níveis de ruídos cada trabalhador está exposto, caso os trabalhadores estejam expostos a níveis acima da média, medidas de proteção são necessárias.
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As principais medidas são os EPI’s, como os protetores auditivos e auriculares, porém além dos EPI’s, algumas medidas de proteção coletivas, como isolamentos acústicos e barreiras inseridas nas próprias fontes de ruídos também são eficientes.
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Fonte: https://onsafety.com.br/poluicao-sonora-e-os-riscos-que-ela-traz-a-saude/