Vamos estudar um pouco sobre radiações aplicadas à HIGIENE OCUPACIONAL?
Hoje quero abordar alguns tópicos e definições básicas de um dos agentes físicos mais complexos na higiene ocupacional: a radiação!
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Pois bem, vamos entender um pouco mais sobre como este tipo de energia se comporta e seus impactos na saúde dos Indivíduos Ocupacionalmente Expostos – IOE.
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A radiação é uma forma de energia que se propaga pelo espaço como ondas eletromagnéticas ou partículas e, de acordo com as suas características de frequência, podem ser divididas em radiações ionizantes e não ionizantes.
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As radiações ionizantes são assim classificadas, pois quando a sua energia incide sobre uma determinada matéria, é suficiente para arrancar elétrons dos seus átomos, formando íons (partículas eletricamente carregadas); as radiações ionizantes são as radiações alfa, beta, gama e os raios x.
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Por sua vez, a energia das radiações não-ionizantes é insuficiente para arrancar elétrons da estrutura dos átomos. Todavia, a interação dessas radiações com a matéria é capaz de causar excitação desses mesmos elétrons, que são levados a camadas mais externas do átomo, pois acabam absorvendo a energia incidente, mas como sabemos sem serem ejetados. São consideradas não ionizantes as radiações ultravioleta, visível, infravermelha, radiofrequências e micro-ondas.
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Os efeitos biológicos das radiações ionizantes são classificados em efeitos estocásticos e efeitos determinísticos, e dependem da dose absorvida, do tempo e principalmente da forma de exposição.
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O dano mais importante que pode ocorrer dentro de uma célula é na estrutura do DNA (ácido desoxirribonucleico). A célula possui mecanismos próprios de reparação, não deixando sequelas, mas quando isso não ocorre, ou seja, quando o dano não é reparado de forma adequada, pode ocorrer a morte celular, incapacidade de reprodução ou a produção de célula modificada.
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Quando se dá a morte de um grupo de células de um determinado tecido do corpo humano devido à exposição à radiação, não se observa nenhuma consequência clínica. Contudo, acima de um limiar de dose, a intensidade do efeito aumentará e o tecido deixará de exercer suas funções. Esse feito denomina-se como sendo determinístico.
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No caso de uma única célula modificada se reproduzir, gerando outras células modificadas, pode resultar uma neoplasia. Se as células germinativas das gônadas apresentarem uma célula modificada como consequência da radiação, isso pode acarretar em problemas hereditários aos descendentes da pessoa exposta ocupacionalmente. Esse tipo de efeito é chamado de estocástico e a probabilidade de sua ocorrência não depende de um limiar de dose.
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No Brasil os limites de tolerância para as radiações ionizantes são definidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN, através da norma CNEN 3.01 “ Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica “.
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Para indivíduos ocupacionalmente expostos a norma supracitada prevê os seguintes limites de tolerância em doses anuais (a CNEN salienta que a dose anual deve ser considerada como dose no ano calendário, nos períodos decorrentes de janeiro a dezembro de cada ano):
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Dose Efetiva = 20 mSv (milisievert)
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A dose acima é uma média ponderada em 5 anos, ou seja, 100 mSv divido em 5 anos consecutivos, desde que não excedido o valor de 50 mSv em qualquer ano ( a CNEN “flexibiliza” esse limite dentro de um período anual).
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Como eu disse, estes são conceitos básicos aplicados às exposições no ambiente de trabalho, mas cabe-se um estudo mais amplo para que vocês possam compreender ainda mais os mecanismos envolvidos nesse processo de avaliação de riscos aplicado às radiações.
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Fonte: https://protecao.com.br/blogs/definicoes-basicas-de-radiacoes-aplicadas-a-higiene-ocupacional/