Quando tratamos o mantra do Lean (S, Q, D, C e M) trazemos para dentro da filosofia uma série de grandezas mensuráveis que em conjunto definem a saúde da empresa.
O COVID-19 colocou em check essa saúde, fazendo com que muitas empresas não suportassem essa prova mundial e isso também nos faz pensar em como iremos prosseguir daqui em diante.
As regras do jogo mudaram, isso é um fato e determina que a partir de agora, como diria Rhodes Lima – “chegou a hora de separar homens de meninos”. O caldo engrossou.
Corpos de Alta e Média Gestão de empresas no mundo inteiro foram fragmentados. Profissionais de altíssimo nível estão concorrendo a vagas que até outro dia, nem eram tão interessantes.
Tudo isso gera um efeito cascata – Aonde esses profissionais chegarem, os resultados serão diferentes e diversas empresas que antes não abraçavam novas culturas organizacionais, irão enxergar a oportunidade de aumentar seu Market Share, fazer novos investimentos, abarcar novos negócios em diferentes áreas e diminuírem a vulnerabilidade em casos de outras pandemias ou crises globais.
Do outro lado estão profissionais em início de carreira, profissionais com alguma experiência em chão de fábrica e uma enorme gama de profissionais que foram catequizados pela cultura organizacional de empresas que não entenderam até o momento, a necessidade de se aprofundar na filosofia Lean.
PARAFRASEANDO – SE ESTIVÉSSEMOS EM UMA SELVA, TERÍAMOS:
· Leões famintos e com ótima saúde lançados em um território novo e que terá que ser conquistado;
· Hienas com um pouco de experiência de trabalho em grupo, mas jamais capazes de se firmarem como indivíduos soberanos, tendo que aceitar as migalhas ou restos que o mercado oferecer;
· Leões velhos e cansados tendo que defender seu território, porém a cada amanhecer a selva já não é mais a mesma.
· Antílopes, Gazelas e outras presas ágeis, porém inocentes e vivendo com o medo de aquele ser seu último dia de vida.
Cenário apocalíptico, porém real. Em breve muitas empresas irão enxergar dentro do quadro de colaboradores um número inflado por zumbis. Profissionais que não criam, não inovam, não se reinventam, praticamente mortos que andam. Observação – Até hoje não assisti a série.
Agora, chegamos no ponto onde você define o fim desse artigo – Imagine qual personagem você representa dentro da selva e agora se pergunte – O que seria necessário para sobreviver a um ataque de leões famintos, não me tornar uma hiena e deixar de ser uma presa indefesa.
A resposta é simples: Se tornar mais poderoso, mais forte, com o rugido mais grave que o dos seus concorrentes. Enxergar nessa crise a oportunidade de dizer para você e para o mundo, que quem define se haverá bacon em casa, não é o governo e nem a pandemia – quem define se você irá levar o faisão para o almoço, é e sempre será você mesmo.
A força da concorrência está aberta para todos, independentemente de tempo de casa, idade avançada ou mínima, histórico escolar ou ser fruto de indicações. Se abra para o conhecimento e entenda que a partir de agora, só existe um caminho e ele terá que ser traçado através do estudo profundo de ferramentas que garantam o aumento de produtividade diário e a redução de custos sistemáticas. Lembrando que no Lean, custos não vem em primeiro lugar, pelo simples fato dele ser recorrente de diminuição com os passos anteriores.
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Fonte: https://www.linkedin.com/pulse/o-lean-al%C3%A9m-do-covid-19-luciano-dantas/
