A ideia de transporte vertical de cargas é bem antiga. Desde 1.500 a.C., os egípcios utilizaram uma espécie rudimentar de elevador para carregar água do Rio Nilo. O sistema de redução e transmissão de movimento por pinhão e cremalheira foi inventado por Leonardo da Vinci (1452-1519). Porém, só em 1854 o elevador de segurança foi apresentado por seu inventor, Elisha Graves Otis. A partir daí, o invento popularizou-se e evoluiu para os elevadores dos dias de hoje.
O cenário era promissor para a nova invenção. A Revolução Industrial evidenciava mudanças tecnológicas que alteraram para sempre o processo produtivo. Com a transformação da arquitetura das cidades, cada vez mais vertical, o elevador passou a ser de grande importância para erguer as novas edificações. Com o amparo do novo equipamento, a indústria da construção realizou obras cada vez mais altas. A da Torre Eiffel utilizou vários elevadores, entre eles um de 160 metros de altura, em 1889.
Hoje, o elevador de cremalheira é uma máquina que utiliza o sistema de pinhão e cremalheira, acionado por um motofreio de velocidade para a elevação da cabina. Trata-se de um equipamento de ação periódica destinado ao transporte vertical de cargas e/ou pessoas que é empregado nos canteiros de obras e para fins industriais. No Brasil era mais comum o uso de elevadores de obra tracionados a cabo. A utilização de elevador de cremalheira foi popularizada a partir do ano 2000.
Entre as principais características e finalidades operacionais é possível destacar: o transporte vertical de pessoas e cargas a alturas mais elevadas; o alto nível de segurança em sua operação e em sua manutenção; a velocidade superior à do sistema convencional; a simplicidade e a facilidade na montagem, desmontagem, operação e manutenção; a possibilidade de alteração na sua altura e na quantidade de cabinas a qualquer momento; a estrutura modular, autoportante, que possibilita a montagem na fachada ou no poço do elevador definitivo.
A operação desses equipamentos parece simples em um primeiro olhar, mas requer o cumprimento de uma série de exigências e treinamentos específicos para não haver risco de acidentes de trabalho por falha humana. O operador deve receber capacitação e treinamento específico no equipamento, com carga horária mínima de dezesseis horas e atualização anual com carga horária mínima de quatro horas. Os novos operadores devem ter ensino fundamental concluído.
Principais recomendações operacionais
De acordo com as normas NR-18 aprovadas em 2010, toda empresa fabricante, locadora e prestadora de serviços (instalação, montagem, desmontagem e manutenção), seja do equipamento em seu conjunto, seja de parte dele, deve ser registrada no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), e dispor de (ou manter) profissional legalmente. Os usuários desse tipo de equipamento também devem possuir o seu “programa de manutenção preventiva”, conforme recomendação do locador, importador ou fabricante.
O uso dos elevadores após a montagem e/ou manutenções sucessivas deve ser precedido de um “termo de entrega técnica”, elaborado por profissional legalmente habilitado, prevendo a verificação operacional e a segurança de acordo com os parâmetros indicados pelo fabricante.
Periodicamente, deve ser realizado teste dos freios de emergência dos elevadores na entrega para início de operação e, no máximo, a cada noventa dias, devendo o laudo referente a esses testes ser devidamente assinado pelo responsável técnico pela manutenção e os parâmetros utilizados ser anexados ao livro de inspeção do equipamento.
Em relação à torre, ela deve ser instalada de maneira que a distância entre a face da cabina e a face da edificação seja de no máximo 60 centímetros. Para distâncias maiores, as cargas aplicadas pelas rampas deverão ser consideradas no dimensionamento da torre. Ela é fixada à estrutura da edificação e estabilizada com conjuntos de tirantes de amarração telescópicos. Esses componentes são disponibilizados em diversos modelos e tamanhos, de acordo com o tipo de elevador.
Durante a instalação, o responsável deve executar inspeções visuais de todos os componentes quanto a danos causados pelo transporte e manter sempre o local da área de montagem isolado com avisos que indiquem “cuidado” e risco de queda de material.
Restrições
De acordo com as regras operacionais e de segurança de trabalho, é proibido, no uso de elevadores de cremalheiras, transportar material a granel sem acondicionamento apropriado, e adaptar a instalação de qualquer equipamento e/ou dispositivo para içamento de materiais em qualquer parte da cabina ou da torre do elevador.
Também não é permitido o transporte de materiais com dimensões maiores que as dimensões internas da cabine do elevador assim como de materiais apoiados nas portas ou no lado externo da cabine, exceto quando das operações de montagem e desmontagem do elevador.
O elevador de cremalheira, que é utilizado na construção civil durante a fase de estrutura das obras, tem por objetivo o transporte vertical de materiais, equipamentos e pessoas. Relativamente simples desde sua montagem, operação, manutenção e desmontagem, é uma solução prática, simples e de baixo custo no setor da construção civil.
Os riscos associados à elevação e transporte de cargas são diversos, sendo que muitos deles podem provocar acidentes fatais. Para evitar estas ocorrências, a NR 18 aponta algumas medidas de segurança a serem adotadas pelos trabalhadores durante a execução da atividade em elevadores tracionados à cremalheira.
Ao trabalhar com o elevador de cremalheira:
– O operador do elevador deve possuir qualificação para o serviço;
– Verifique se a capacidade máxima de carga (em quilo) não ultrapassa o limite;
– Observe se a lâmpada interna possui proteção e se clareia bem o ambiente;
– Certifique-se de que os dispositivos de segurança estão instalados e em perfeito funcionamento (limite de curso inferior e superior e os sensores de segurança das cancelas);
– Veja se além da cancela externa do elevador de cremalheira, há existência de barreiras de proteção. Também verifique se a rampa de acesso possui guarda-corpo lateral em cada lado e piso antiderrapante;
– Verifique se há placas de carga máxima no interior do equipamento, assim como se os testes de freio de emergência são feitos a cada 3 meses;
– O transporte simultâneo para cremalheira pode ser realizado, mas apenas com o operador e a carga. No entanto, tem que haver uma separação física, ou seja, uma barreira – pode ser uma porta pantográfica;
– Peças compridas (longas) que ultrapassem o teto do elevador de cremalheira não devem ser transportadas por este equipamento, assim como materiais que ultrapassem os ombros do operador, pois dificultam a visibilidade do mesmo em relação à cancela e ao sistema de comando;
– Certifique-se de que as cancelas estão bem fechadas (as duas);
– É proibido o transporte de materiais com as cancelas abertas, mesmo como alçapão que deve ser usado apenas para acesso dos montadores, mecânicos e eletricistas;
– Ao constatar qualquer irregularidade no equipamento de transporte, paralise a atividade e comunique a ocorrência à equipe de SST.
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