Estudos recentes divulgados pela ABP mostram que são registrados mais de 13 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 01 milhão no mundo. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Para prevenção é preciso estar atento a alguns sinais que as crianças e os adolescentes podem apresentar, como a mudança repentina de comportamento. É comum ocorrer mudança na aparência, na forma de se vestir tendo menos cuidado consigo mesmo. Deixar de participar de atividades e brincadeiras que antes havia interesse também é outro sinal para se atentar. Críticas não são a melhor forma de lidar com o problema. É fundamental estar bem-informado e procurar um profissional habilitado de saúde mental para avaliar a situação e apoiar com o conhecimento específico.
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Os dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública demonstraram que o número de suicídios no Brasil, tiveram uma variação de 0,4% em relação a 2019. Em 2020 o número foi de 12.895 casos relação aos 12.745 casos do ano anterior. A OMS (Organização Mundial de Saúde) pediu esforços dos países para diminuir esta taxa até 2030.
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O mecanismo de aprendizado da consciência e a forma como o cérebro entente as doenças são alguns temas estudados pela neurociência. A ciência do cérebro está no meio de uma mudança radical de capacidade, semelhante ao sequenciamento do genoma humano na genética ou o desenvolvimento da fissão nuclear na física. O impacto dos transtornos mentais no contexto da pandemia da Covid-19 tem sido questionado por profissionais do mundo todo.
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A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) tem realizado inúmeras pesquisas em todo território nacional, envolvendo aspectos deste impacto e utilizando a neurociência em sua metodologia. A UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) no Rio Grande do Sul coordena o projeto: “Monitoramento da evolução da sintomatologia pós-traumática, depressão e ansiedade durante a pandemia de Covid-19 em brasileiros”, que teve início em abril de 2020 com o objetivo de avaliar o impacto emocional da pandemia e utilizando a neurociência como ferramenta no monitoramento, levando em consideração o isolamento social, a solidão, os problemas financeiros e a sobrecarga de trabalho, conjunto de fatores do contexto pandêmico. Estas situações podem levar a consequências graves na vida das pessoas, como o aumento do consumo de substâncias, a violência doméstica e até a ideação suicida. A pesquisa foi feita através de um questionário online e aberto ao público. Cerca de 6100 pessoas participaram como voluntários.
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De acordo com o reitor da UFSM, professor Paulo Afonso Burmann, a pesquisa é ação importante em prol da saúde mental. “Essa parceria vem mostrar para nós, além de um diagnóstico da situação, uma sinalização de possíveis caminhos ou medidas que devemos nós como gestores e gestoras públicas, adotar no sentido de mitigar os efeitos de quaisquer alterações que possam ser apresentadas nesse cenário em relação à saúde mental”, afirmou. O resultado da pesquisa apresentou que quanto menor a idade, maior o número de participantes com sintomas de depressão, ansiedade, estresse e alcoolismo e que estudantes apresentaram mais sintomas de estresse e depressão do que a população em geral.
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Para a Psicóloga e Diretora de Carreira da Success People — empresa de desenvolvimento pessoal gestão de pessoas que atua em todo o território nacional — A informação é a principal arma na diminuição destes índices: “Uma ideação suicida é ambivalente, a pessoa não quer necessária dar fim à vida, mas sim dar fim a um sofrimento insolúvel. Ela passa a desejar o fim daquele sofrimento insuportável. É por isso que a informação e um profissional adequado podem auxiliar na redução deste sofrimento.
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Quando nos deparamos com as pesquisas e as notícias nas mídias temos que parar para pensar que estamos falando de vidas. Um país que declara ter 12 mil casos de suicídios precisa de ações concretas urgentemente. A campanha Setembro Amarelo deve servir como o momento para analisar as medidas que foram adotadas de janeiro a dezembro por todas as organizações de saúde ou não, no enfrentamento deste conflito, deve ser utilizado como análise e planejamento de novas ações para os próximos dias. Precisamos agir com mais força no combate desta taxa”.
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Luciano Mello, presidente da Success comenta como organizações podem promover ações no apoio às organizações de saúde: “Ansiedade, depressão, estresse são palavras muito comuns à vida cotidiana, em 2019 a OMS registrou 18,6 milhões de brasileiros com estes transtornos, trata-se de um problema de todos. Esta conscientização é importante para se entender como não estamos isolados deste problema.
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Criar uma cultura humanizada na empresa, pode ajudar e muito a diminuição destes índices. Treinar os líderes para observar os sinais, incentivar o trabalho colaborativo, desmitificar o assunto conversando com os colaboradores são ações fortes. Um profissional informado e acolhido pode propagar ações dentro de sua família. Se todas as empresas criarem projetos individuais de apoio aos seus funcionários, daremos um passo enorme no apoio a redução destes números”.
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