questão que nomeia este artigo nos remete à análise das consequências que o fenômeno do excesso de informação vem acarretando na vida das pessoas e o impacto que produz na carreira profissional. A própria tecnologia trouxe uma espécie de “encantamento” à humanidade, para a qual, na verdade, não estávamos preparados a receber. Esse excesso de movimento acaba gerando nas pessoas uma série de sintomas e sensações, que se alternam durante o dia entre momentos de alegria, tristeza, estresse, esgotamento mental dentre outros. O mais comum é a perda de foco e, como consequência, a sensação de frustração. No balanço final de um dia de trabalho, parece que sempre ficou faltando alguma coisa por fazer, e a crença de que o tempo é curto, é constante. Essa série de sentimentos e sensações, aos poucos, vai se transformando em ansiedade cada vez maior para as pessoas. A verdade é que esse fenômeno nos desequilibra tanto que acabamos nos distanciando de nós mesmos, e nossa vida se transforma numa rotina sem fim. Todos os dias repetimos as mesmas coisas e sem ao menos perceber passamos a nos comportar como robôs, tanto na vida pessoal, como na profissional.
Esse autodistanciamento acaba trazendo impactos negativos para a carreira das pessoas, pois a partir do momento em que passam a executar as tarefas automaticamente, ou seja, apertando o botão do piloto automático, acabam deixando de sentir a alegria de ser, deixam de sorrir, deixam de ouvir as pessoas que estão à sua volta, e muitas vezes deixam de conhecer o verdadeiro sentido do trabalho que executam; como resultado, ao final de um dia exaustivo, surgem as queixas, as dores de cabeça, as lamúrias e muitas vezes, nem elas conseguem explicar o motivo de tanta insatisfação.
A neurocientista Suzana Herculano explica que o nosso cérebro tem uma limitação interna e que o ser humano só consegue prestar atenção em uma coisa de cada vez. O que conseguimos fazer ao mesmo tempo é alternar nossa atenção entre várias coisas – podemos até acompanhar o movimento que há ao nosso lado, porém, é preciso saber que quando estamos prestando atenção numa coisa, o cérebro ignora as outras totalmente. Isso quer dizer que de todo o movimento que acontece em nosso dia a dia, a gente consegue registrar conscientemente só um deles.
Talvez seja esse o motivo de esquecimentos constantes de “coisas” ou “pedidos” que as pessoas nos fazem. Quantos compromissos não ficam para trás por deixarmos de registrá-los, ou mesmo de darmos a devida importância que o fato merecia?
Mas o que fazer para sobreviver nesse competitivo mundo do trabalho e do excesso de informação? Em primeiro lugar disciplinar-se. Procurar priorizar suas tarefas no dia a dia alternando, sim, as atenções, porém, mantendo o foco naquilo que está fazendo. Aprender a dizer não é outra técnica que poderá lhe ajudar muito a não perder a concentração.
utra dica está na pergunta principal desse artigo: Você já se permitiu “sair de seu corpo” e observar-se trabalhando?
Parece brincadeira, mas esse é um exercício que todos deveríamos fazer – trata-se de uma das técnicas de autoconhecimento que serve para estimular as pessoas a saírem do piloto automático.
Esse exercício lhe permitirá observar principalmente seu comportamento. Será que suas atitudes estão adequadas àquele ambiente? Será que seu nível de entrega está satisfatório? Você já pediu feedback ao seu supervisor ou nunca parou para pensar nisso? Você costuma chegar no horário, respeitar as regras impostas pela empresa? Você é pessoa colaborativa? Costuma ajudar os colegas? O quanto de seu tempo no dia a dia é desperdiçado com telefonemas, e-mails para colegas, mensagens através do WhatsApp, consultas às redes sociais, enfim… Deixo essas questões para você refletir e respondê-las, pensando também sobre o quanto você está preparado para sobreviver nesse competitivo mundo da sociedade da informação, sem que para isso necessite “sofrer” as consequências de sintomas como estresse, depressão e outras síndromes que fazem parte do mundo moderno. Enquanto isso não acontece, exercite-se mais – saia de seu corpo e vá observar como está trabalhando.
Por Maria Bernadete Pupo para o RH.com.br
A neurocientista Suzana Herculano explica que o nosso cérebro tem uma limitação interna e que o ser humano só consegue prestar atenção em uma coisa de cada vez. O que conseguimos fazer ao mesmo tempo é alternar nossa atenção entre várias coisas – podemos até acompanhar o movimento que há ao nosso lado, porém, é preciso saber que quando estamos prestando atenção numa coisa, o cérebro ignora as outras totalmente. Isso quer dizer que de todo o movimento que acontece em nosso dia a dia, a gente consegue registrar conscientemente só um deles.
Talvez seja esse o motivo de esquecimentos constantes de “coisas” ou “pedidos” que as pessoas nos fazem. Quantos compromissos não ficam para trás por deixarmos de registrá-los, ou mesmo de darmos a devida importância que o fato merecia?
Mas o que fazer para sobreviver nesse competitivo mundo do trabalho e do excesso de informação? Em primeiro lugar disciplinar-se. Procurar priorizar suas tarefas no dia a dia alternando, sim, as atenções, porém, mantendo o foco naquilo que está fazendo. Aprender a dizer não é outra técnica que poderá lhe ajudar muito a não perder a concentração.
utra dica está na pergunta principal desse artigo: Você já se permitiu “sair de seu corpo” e observar-se trabalhando?
Parece brincadeira, mas esse é um exercício que todos deveríamos fazer – trata-se de uma das técnicas de autoconhecimento que serve para estimular as pessoas a saírem do piloto automático.
Esse exercício lhe permitirá observar principalmente seu comportamento. Será que suas atitudes estão adequadas àquele ambiente? Será que seu nível de entrega está satisfatório? Você já pediu feedback ao seu supervisor ou nunca parou para pensar nisso? Você costuma chegar no horário, respeitar as regras impostas pela empresa? Você é pessoa colaborativa? Costuma ajudar os colegas? O quanto de seu tempo no dia a dia é desperdiçado com telefonemas, e-mails para colegas, mensagens através do WhatsApp, consultas às redes sociais, enfim… Deixo essas questões para você refletir e respondê-las, pensando também sobre o quanto você está preparado para sobreviver nesse competitivo mundo da sociedade da informação, sem que para isso necessite “sofrer” as consequências de sintomas como estresse, depressão e outras síndromes que fazem parte do mundo moderno. Enquanto isso não acontece, exercite-se mais – saia de seu corpo e vá observar como está trabalhando.
Por Maria Bernadete Pupo para o RH.com.br